47ª Mostra SP anuncia vencedores

A Mostra Internacional de Cinema em São Paulo anunciou na noite de ontem (1º de novembro) os vencedores de sua 47ª edição. Com apresentação de Renata de Almeida e Serginho Groisman, a cerimônia de encerramento aconteceu no Espaço Petrobras da Cinemateca Brasileira e contou com a presença de personalidades do meio cultural. Após a premiação foi exibido o longa-metragem Ferrari, de Michael Mann, que tem em seu elenco o brasileiro Gabriel Leone, presente no evento para fazer a apresentação do filme.

Veja abaixo a lista completa dos títulos premiados:

PRÊMIO DO JÚRI

Os filmes da seção Competição Novos Diretores mais votados pelo público foram submetidos ao Júri formado por Bárbara Raquel Paz, Enrica Fico Antonioni, Lenny Abrahamson, Mariëtte Rissenbeek e Welket Bungué, que escolheu Quando Derreter, de Veerle Baetens, como melhor filme de ficção e Samuel e a Luz, de Vinícius Girnys, como melhor documentário.

O Júri concedeu ainda menção honrosa para Se Eu Pudesse Apenas Hibernar, de Zoljargal Purevdash, e de melhor interpretação para Jaya (Asog). Todos receberam o Troféu Bandeira Paulista (uma criação da artista plástica Tomie Ohtake).

PRÊMIO DO PÚBLICO

O público da 47ª Mostra escolheu, entre os estrangeiros, La Chimera, de Alice Rohrwacher, como melhor filme de ficção, e Da Cor e da Tinta, de Weimin Zhang, como melhor documentário. Entre os brasileiros, Somos Guardiões, de Edivan Guajajara, Chelsea Greene e Rob Grobman, recebeu o prêmio de melhor documentário e A Metade de Nós, de Flávio Botelho, o de melhor ficção.

A escolha do público é feita por votação. A cada sessão assistida, o espectador recebe uma cédula para votar com uma escala de 1 a 5, entregue sempre ao final do filme. O resultado proporcional dos filmes com maiores pontuações determina os vencedores.

PRÊMIO DA CRÍTICA

A imprensa especializada que cobre o evento e tradicionalmente confere o Prêmio da Crítica, também participou da premiação elegendo O Dia que Te Conheci, de André Novais Oliveira, como melhor filme brasileiro e Afire, de Christian Petzold, como o melhor entre os estrangeiros.

PRÊMIO DA ABRACCINE

A Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema também realiza tradicionalmente uma premiação para filme brasileiro e nesta edição escolheu o melhor entre os realizados por diretoras ou codiretoras até seu segundo trabalho. O eleito foi Sem Coração, de Nara Normande e Tião.

PRÊMIO NETFLIX

Pela primeira vez, a Netflix entregou um prêmio de aquisição em um festival e escolheu um filme brasileiro participante da Mostra deste ano, que ainda não tinha contrato com um serviço de streaming, que será licenciado e exibido em mais de 190 países.

O projeto premiado neste ano foi Saudade Fez Morada Aqui Dentro, do diretor Haroldo Borges.

PRÊMIO PARADISO

O prêmio do Projeto Paradiso oferecido pela primeira vez na Mostra dá apoio à distribuição nos cinemas a um dos filmes da seção Mostra Brasil que recebeu maior votação do público. O aporte serve para complementar a distribuição da obra nas salas de cinema brasileiras.

Para garantir que todo o Brasil tenha a oportunidade de enxergar de forma poética a força e a beleza dessa obra baiana premiada dentro e fora do país, a comissão concedeu o Prêmio Paradiso de estímulo à distribuição nacional ao filme Saudade Fez Morada Aqui Dentro, do diretor Haroldo Borges.

PRÊMIO BRADA – Prêmio de Melhor Direção de Arte

O Coletivo de Diretoras de Arte do Brasil premia pela segunda vez na Mostra o trabalho de um diretor de arte que tenha se destacado no festival. Neste ano, Pamela Khadra recebeu o prêmio pela Direção de Arte do filme Vale do Exílio, pela sensibilidade ao retratar o universo das refugiadas sírias em solo libanês.

PRÊMIO CULTURES OF RESISTANCE (Creative Activism Award)

Ativistas retratados no documentário Somos Guardiões, dos diretores Chelsea Greene, Rob Grobman e Edivan Guajajara, receberam um prêmio inédito no Brasil: o Cultures of Resistance. O prêmio, de US$ 10 mil, é concedido aos guardiões da floresta das aldeias Tembé e Guajajara e à mídia indígena, exclusivamente para a compra de câmeras, drones e tecnologia adicional, e se destina a equipar os indígenas para melhor documentar e proteger a floresta amazônica em seus territórios.

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