Foram anunciados hoje (4) os filmes selecionados para as mostras competitivas da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá de 12 a 19 de agosto na cidade da serra gaúcha e trará, mais uma vez, obras inéditas e diversas para a tela do Palácio dos Festivais. Neste ano, dos mais de mil títulos inscritos, as curadorias e comissões de seleção escolheram seis Longas-Metragens Brasileiros, cinco Longas-Metragens Documentais, cinco Longas-Metragens Gaúchos e 23 Curtas-Metragens Gaúchos.
Dentre os longas brasileiros, as seis produções terão première mundial em Gramado e a lista conta com uma representação da diversidade do audiovisual brasileiro, trazendo visões de realizadores e realizadoras do Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país. Vale ressaltar a pluralidade dos gêneros, englobando thriller, drama, ficção, biografias e documentários. Os gaúchos não ficam de fora e demonstram a potência do cinema feito no estado. Os vinte e três curtas-metragens gaúchos foram selecionados por Chico Maximila, artista visual, diretor e produtor cinematográfico; Juliana Costa, crítica e pesquisadora; Zeca Brito, cineasta, diretor e roteirista; Pedro Garcia, jornalista; e Fabi UD, cineasta e multiartista.
Confira a lista de selecionados:
Longas-Metragens Brasileiros
ANGELA (SP), de Hugo Prata
MAIS PESADO É O CÉU (CE), de Petrus Cariry
MUSSUM, O FILMIS (RJ), de Silvio Guindane
O BARULHO DA NOITE (TO), de Eva Pereira
TIA VIRGÍNIA (RJ), de Fabio Meira
UMA FAMÍLIA FELIZ (PR), de José Eduardo Belmonte
Longas-Metragens Documentais
ANHANGABAÚ (SP), de Lufe Bollini
DA PORTA PRA FORA (DF), de Thiago Foresti
LUIS FERNANDO VERISSIMO – O FILME (RS), de Luzimar Stricher
MEMÓRIAS DA CHUVA (CE), de Wolney Oliveira
ROBERTO FARIAS – MEMORIAS DE UM CINEASTA (RJ), de Marise Farias
Longas-Metragens Gaúchos
CÉU ABERTO (Dom Pedrito), de Elisa Pessoa
HAMLET (Porto Alegre), de Zeca Brito
O ACIDENTE (Porto Alegre), de Bruno Carboni
SOBREVIVENTES DO PAMPA (Porto Alegre), de Rogério Rodrigues
UM CERTO CINEMA GAÚCHO DE PORTO ALEGRE (Porto Alegre), de Boca Migotto
Curtas-Metragens Gaúchos
AS ONDAS (Porto Alegre), de Leandro Engelke e Richard Tavares
AURORA (Pelotas), de Bruna Ueno
CARCINIZAÇÃO (Pelotas), de Denis Souza
CENTENÁRIO DA MINHA BISA (Alvorada), de Cristyelen Ambrozio
COLAPSO TERRA EM CHAMAS (Porto Alegre), de Lucas Tergolina e Matheus Melchionna
COMBUSTÃO ESPONTÂNEA (Pelotas), de João Werlang e Pedro Bournoukian
CONCHA DE ÁGUA DOCE (Porto Alegre), de Lau Azevedo e João Pires
CONCORSO INTERNAZIONALE (Porto Alegre), de Bruno de Oliveira
EU TIBANO (Santa Cruz do Sul), de Diego Tafarel e Zé Corrêa
FIAR O VENTO (Porto Alegre), de Mari Moraga
FITOTERAPIA (Porto Alegre), de Eduardo Piotroski
FLORA (Porto Alegre), de Ana Moura
GLÊNIO (Santa Maria), de Luiz Alberto Cassol
LIVRA-ME (Santa Cruz do Sul), de Felipe da Fonseca Peroni
MESSI (Encantado), de Henrique Lahude e Camila Acosta
MEU NOME É LECO (Porto Alegre), de Diana Mesquita e Marina Falkembach
NAU (Porto Alegre), de Renata de Lélis
O TEMPO (Porto Alegre), de Ellen Correa
OS FÉDERS VÃO DORMIR (Esteio), de Eder Ramos
RASGÃO (Porto Alegre), de Victor Di Marco e Márcio Picoli
RESTAURANTE (Taquari), de Leonardo da Rosa
SABÃO LÍQUIDO (Porto Alegre), de Fernanda Reis e Gabriel Faccini
TREMENDO TROVÃO (Porto Alegre), de Rubens Fabricio Anzolin
Homenagem
Em sua 51ª edição, o Festival de Gramado opta pelo também ineditismo ao entregar o Troféu Oscarito a duas mulheres de inestimável importância na história do audiovisual brasileiro: as atrizes Laura Cardoso e Léa Garcia. Aos 95 anos, Laura Cardoso é uma das atrizes mais premiadas do país e a que mais estrelou telenovelas, totalizando mais de oitenta trabalhos na televisão. Ela foi uma pioneira na televisão brasileira, estreando em 1952 na extinta TV Tupi. Ao longo dos anos, esteve presente em incontáveis produções, como Fera Radical, Rainha da Sucata e Mulheres de Areia.
Léa Garcia possui uma história antiga com Gramado, tendo ganhado quatro Kikitos com Filhas do Vento, Hoje tem Ragu e Acalanto. Com 90 anos completos, a veterana possui no currículo mais de 100 produções, incluindo cinema, teatro e televisão. Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França. Atuando em produções para televisão, cinema e teatro, Léa consolidou uma carreira de papéis marcantes em produções como Selva de Pedra, Escrava Isaura, Xica da Silva e O Clone. Foi peça fundamental na quebra da barreira dos personagens tradicionalmente destinados a atrizes negras. Tornou-se, assim, uma referência para jovens atores.
Laura Cardoso e Léa Garcia se juntam à Alice Braga, que será homenageada com o Kikito de Cristal.
Mais informações no site do Festival de Cinema de Gramado