A Princesa e o Sapo

(The Princess and the Frog, EUA, 2009)

Tiana é uma jovem garçonete e tem como principal objetivo abrir o restaurante dos sonhos do pai. Precisando de dinheiro, ela vai trabalhar na festa da amiga de infância e antiga cliente da mãe, Charlotte e lá, por uma confusão com sua roupa, acaba sendo confundida com uma princesa pelo príncipe Naveen, que acabara de ser transformado em sapo, e, para ajudá-lo, resolve beijá-lo.

Como o beijo precisava ser de uma princesa, quem se transforma é ela, também em sapo. Os dois precisam descobrir um jeito de desfazer o feitiço e partem, com a ajuda de um crocodilo músico, em busca de Mama Odie, a feiticeira da floresta.

Em tempos de Barak Obama, a Disney volta aos contos de fadas com sua primeira princesa negra e aproveita para resgatar e prestar uma homenagem à cidade de Nova Orleans, em Louisiana, devastada em 2005 por um furacão e que ainda não foi completamente recuperada.

As boas intenções contam pontos ao favor, mas o grande charme da animação é o retorno às animações tradicionais, desenhadas à mão em duas dimensões. Aquelas que fizeram o nome da Disney e que foram meio que abandonadas depois que os filmes em 3D invadiram o mercado.

É interessante ver como a velha fórmula ainda funciona com os pequenos e os adultos e ainda mantém a mesma habilidade ao misturar cores e músicas tão bem.

A escolha pelo cenário da Nova Orleans dos anos 20 é perfeito no quesito miscelânea musical e proporciona um resgate das antigas produções. A trilha sonora é inesquecível, cheia de jazz, cajun e blues e com as já conhecidas belas canções dos estúdios. A animação é outra preciosidade e agrada tanto os saudosos como os desacostumados.

Toda a empolgação causada pela parte técnica porém não é acompanhada pelo desenvolvimento da trama, que sofre com um ritmo inconstante, algumas repetições desnecessárias e força a barra em alguns momentos por não acreditar no potencial dramático das cenas.

Outro incômodo é que, apesar de ter sua primeira princesa negra, o preconceito racial quase não faz parte da história e essa seria uma boa oportunidade de tratar o tema. Ok, a Disney não tem nenhuma tradição de ser polêmica mesmo, mas sabe aproveitar bem um momento político.

Mas ficam as imagens, as músicas e aquela nostalgia gostosa. O que é suficiente para encantar e fazer do programa uma boa opção para a família toda.

Um Grande Momento

Conhecendo Mama Odie.

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Infantil/Animação
Direção: Ron Clements, John Musker
Roteiro: Ed Baker (conto), Ron Clements, John Musker, Greg Erb, Jason Oremland, Rob Edwards, Chris Ure
Duração: 97 min.
Minha nota: 6/10

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