A Questão Humana

(La question humaine, FRA, 2007)

Drama

Direção
: Nicolas Klotz

Elenco: Mathieu Amalric, Michael Lonsdale, Edith Scob, Lou Castel, Jean-Pierre Kalfon, Valérie Dréville, Laetitia Spigarelli, Rémy Carpentier

Roteiro: François Emmanuel (livro), Elisabeth Perceval

Duração: 143 min.

Minha nota: 6/10

Quem disse que são só os estadunidenses que fazem filmes sobre o holocausto e o problema da tão disseminada participação não participante daqueles que também estavam no mesmo local, no mesmo momento. A Questão Humana é uma versão francesa da história e, para contá-la, relaciona o horror passado com muitas das atitudes coorporativas modernas.

Simon é um psicólogo funcional que trabalha para uma grande empresa francesa com base alemã relacionando aqueles que estão ou não aptos para trabalhar no local.

Um dia o presidente pede que ele investigue um dos diretores da empresa, pois ele anda agindo de forma muito estranha. Assim a história se desenrola por um caminho inesperado, cheio de obstáculos, culpas e outros sentimentos confusos.

Com uma fotografia inteligente e muitos enquadramentos interessantes, a narrativa lenta demais tem problemas ao tentar manter o seu público, que em parte chega a desistir de esperar soluções e liga o piloto automático.

A trilha sonora, mais presente do que em outros exemplares franceses, é bem inteligente ao misturar vários estilos e tentar demosntrar também nessa mistura a história que se passa tanto no presente como no passado.

Com Mathieu Amalric emcabeçando o elenco, como o perdido psicólogo, tudo flui mais fácil e a participação de Michael Lonsdale também é sensacional. Aliás, o trabalho de Nicolas Klotz acerta bastante com os atores e consegue dar sentido a pequenos gestos. Do mesmo jeito, demonstra a sua quase megalomania com a duração exagerada e as seqüências repetitivas.

O último filme da trilogia do diretor sobre a crise econômica francesa (os outros são Pária e A Ferida) é até interessante, mas para mim poderia ser bem melhore do que foi.

Um Grande Momento

O começo é sensacional.

Prêmios e indicações (as categorias premiadas estão em negrito)

César: Ator Coadjuvante (Michael Lonsdale)

Mostra Internacional de São Paulo: Prêmio da Crítica

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