Águas Verdes

(Aguas Verdes, ARG, 2009)

Não existe sensação pior do que a de sair do cinema pensando “mas o que foi que aconteceu aqui?” Águas Verdes, filme estranho sobre a paranóia, começa e termina fazendo o espectador prestar atenção em sequências demais e não se preocupa em justificar nada.

Uma família vai passar as férias em uma praia próxima a Buenos Aires e fica hospedada no hotel Águas Verdes. No caminho, a filha adolescente conhece e se encanta por um misterioso motoqueiro. O desconhecido reencontra a família na praia e o pai, quase em surto, começa a achar que tudo que está ao seu redor é uma conspiração para acabar com sua família.

O filme passa por temas como a descoberta do sexo, conflitos fraternos e intolerância ao contar a história deste homem que não sabe lidar com seus sentimentos e quer manter a todo custo o território anteriormente demarcado.

Teorias sobre o filme não faltam. Talvez a intenção tenha sido demonstrar o animal que existe dentro de cada um de nós, ou como um paranóico acredita em uma realidade que nunca existiu, ou mesmo nenhuma das opções anteriores.

Os muitos momentos estranhos da família são acompanhados por uma trilha sonora nem sempre condizente com o visual e talvez tenham alguma intenção, que não se esclarece com o avançar do filme.

A sensação esquisita não passa com a chegada dos créditos finais e os mais guerreiros vão perder algumas boas horas depois tentando entender o que acabaram de ver.

Daqueles que nem são tão necessários assim e estão longe de combinar com a correria da Mostra.

Um Grande Momento

Nada que chame tanto a atenção.

Drama
Direção: Mariano De Rosa
Elenco: Alejandro Fiore, Diego Cremonesi, Jorgelina Amedolara, Milagros Gallo, Maximiliano Gigli
Roteiro: Mariano De Rosa
Duração: 90 min.
Minha nota: 4/10

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