Alguém que me Ame de Verdade

(Arranged, EUA, 2007)

Comédia

Direção: Diane Crespo, Stefan C. Schaefer

Elenco: Joe Lister Jones, Francis Benhamou, Mimi Lieber, John Rothman, Doris Belack, Laith Nakli, Marcia Jean Kurtz, Jason Liebman, Sanjit De Silva, Daniel London

Roteiro: Yuta Silverman, Stefan C. Schaefer

Duração: 90 min.

Minha nota: 7/10

Desde que somos pequenos aprendemos que existem diferenças em nosso vasto mundo e entre os vários símbolos que as representam sempre há a imagem do ódio ancestral entre judeus e muçulmanos. Seja em tom de brincadeira como em filmes bobos a la Corra que a Polícia Vem Aí e Tudo para Ficar com Ele, quando o sinal maior de paz e fraternidade é um judeu e um muçulmano se abraçando, ou em momentos sérios e tristes como as guerras que ainda hoje acontecem entre os dois povos.

O assunto dá muito pano para manga e muitas são as coisas que podem ser ditas sobre ele. Inclusive, o tema já esteve no cinema várias vezes, mostrando histórias de ambos os lados e abordando várias características.

Mas em toda a minha bagagem cinéfila nunca tinha visto os dois povos da maneira que vi no filme Alguém que me Ame de Verdade. Diferente dos outros, a abordagem consegue ser criativa e traz ao espectador a realização de que por mais que se pregue a diferença, as coisas são muito mais próximas do que parecem.

Duas jovens professoras, uma judia e uma muçulmana, se conhecem no primeiro dia de aula e, depois de se tornarem colegas, viram grandes amigas. Além do preconceito da família, elas ainda têm que esclarecer a confusão na cabeça das crianças de sua sala que não conseguem compreender como as duas podem estar juntas em um mesmo local, já que ouvem dizer que “os muçulmanos querem jogar todos os judeus de um precipício”.

Ao entrarmos na vida das duas personagens percebemos que ambas, por serem ortodoxas, estão sujeitas às muitas regras e privações da religião e seguem tradições que podem influenciar todo o seu futuro. Enquanto as religiões são diferentes, os problemas enfrentados são os mesmos. E é justamente por isso que o filme se torna mais interessante do que os demais.

O preconceito e a curiosidade da sociedade com relação a estas duas mulheres e seus hábitos também é muito bem trabalhado com a relação das duas e a diretora da escola onde trabalham.

Uma bonita história de amizade, que mostra que as diferenças entre os seres humanos, apesar de sempre muito alimentadas, são muito menores do que aparentam.

Com seu roteiro simples, o filme consegue envolver o público. As atrizes estão muito bem nos papéis, assim como o resto do elenco.

Uma boa pedida para dias amenos, em que queremos ver um filme leve e ao mesmo tempo interessante.

Um Grande Momento

Confrontando a diretora.



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