(World Trade Center, EUA, 2006)
AçãoDireção: Oliver Stone
Elenco: Nicolas Cage, Maria Bello, Michael Peña, Maggie Gyllenhaal, Tom Wright, Jay Hernandez, Jon Bernthal, Peter McRobbie, Michael Shannon, Viola Davis
Roteiro: Andrea Berloff
Duração: 129 min.
Nota: 5
Chega um momento na vida em que os gostos se apuram. Aquela trilha sonora que antigamente te levava às lágimas, agora não faz mais do que te cansar. Aquela atuação exagerada que antes era facilmente perdoada, agora atrapalha o andamento de todo um filme, e por menor que seja a ponta.
As Torres Gêmeas é o filme que Oliver Stone (JFK – A Pergunta que não Quer Calar) resolveu fazer para homenagear os falecidos e feridos no ataque terrorista de 11 de setembro, quando das duas torres do World Trade Center foram atingidas por aviões de carreira. A autoria do terrível atentado foi atribuída ao grupo fundamentalista Al-Qaeda.
A história daquele dia de 2001, televisionada ao vivo para todo o mundo, foi tão chocante que já faz parte do consciente coletivo. Mesmo assim, foi – e é até hoje – repetida à exaustão e vários filmes e livros foram feitos sobre o acontecido.
O filme de Stone foca nos policiais encarregados da evacuação do lugar depois do choque do primeiro avião, que ficam presos nos escombros após um dos desabamentos. O roteiro, assinado por Andrea Berloff (Straight Outta Compton: A História do N.W.A.) é baseado nos relatos reais de dois policiais e suas mulheres.
Todo melodrama e exagero clichê que se pode imaginar em um filme de Stone estão ali. Porque dizem por aí que ele pode ser um bom diretor, mas quando resolve ser meloso, é difícil de aguentar. Um bom exemplo aqui é aquele jogo manjadíssimo de mesclar o sofrimento dos feridos com a história de desespero de suas família, pontuado com flashbacks melosos que buscam demonstrar a humanidade dos envolvidos. Nada que já não se tenha visto muitas vezes por aí.
Para piorar, as tentativas às vezes fora do tom do diretor para trazer o espectador para dentro de sua história são fracassadas. Pelo menos para aqueles que já deixaram de se abalar com artimanhas de manipulação e repetições de soluções.
O elenco conta com um ícone desse cinema forçado de baixa qualidade dos dias atuais: Nicolas Cage (Reféns), que aqui nem está mal, mas também não está bem. Maria Belo (Marcas da Violência), Maggie Gyllenhall (Histeria), Michael Peña (Marcados para Morrer) e outros completam o elenco.
A trilha sonora, como não poderia deixar de ser, é over, exagerada, cafona e nada funcional.
Um Grande Momento:
Nada de novo.
Links
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