Busca Implacável

(Taken, FRA, 2005)

Ação
Direção: Pierre Morel
Elenco: Liam Neeson, Maggie Grace, Famke Janssen, Leland Orser, Arben Bajraktaraj
Roteiro: Luc Besson, Robert Mark Kamen
Duração: 93 min.
Nota: 7

Sabe o que John McClane, Harry Callagham, James Bond, John Rambo, Frank Martin, John Matrix, Rick Deckard, Beatrix Kiddo, Jason Bourne e Harry Tasker têm em comum? Além do fato de sobreviverem às maiores adversidades e terem uma habilidade assassina bem acima da média, todos eles têm inveja de Brian Mills.

O cara é daqueles que não pára diante de obstáculo nenhum, sempre consegue surpreender o adversário, sabe como antecipar todos os movimentos, conhece a fundo as pessoas e consegue se locomover em espaços de tempo tão curtos que é quase difícil acompanhar.

Ele é o protagonista de Busca Implacável e tem 96 horas para recuperar a filha, que acabara de ser sequestrada por traficantes albaneses de mulheres pouco tempo depois de chegar em Paris com uma amiga.

Com justificativas absurdas, relações mal amarradas e pouco cuidado com a coerência da história, o filme é na verdade uma grande desculpa para apresentar essa nova lenda dos filmes testosterona pura em cada uma das mirabolantes cenas de resgate.

Frio e calculista, Mills já passou dos 40 e largou o serviço de “agente de segurança” depois de décadas dedicado a ele para viver próximo à filha. Aos 17 anos, ela, que é mimadíssima pela mãe e o padastro, percebe o amor do pai, mas está bem mais preocupada em curtir a vida.

A mãe é uma das coisas mais absurdas da história. Além de deixar sua filha adolescente viajar para o exterior sem nenhuma noção do que a espera lá, ainda sustenta uma mentira sobre o paradeiro da menina para que o pai permita o passeio. Sem falar na falta completa de preocupação quando a filha não dá notícias ao chegar.

Mas, como foi dito antes, isso não é importante. Assim como não tem importância o fato de Mills ter amigos que vão conseguir em minutos a identificação vocal do suspeito, o cartão de memória do celular destruído fornecer uma foto do primeiro contato ou alguém ser contratado para traduzir uma conversa grampeada em uma rua cheia de prostitutas.

O negócio é ver como o cara consegue derrotar gangues inteiras de gente da pior qualidade e completamente acostumada a fazer o mal pelo mundo, com quem quer que os ameace. E ele é tão profissional e inteligente que ninguém tem a menor chance. Tanto que o primeiro arranhão demora muitas lutas para acontecer.

E é isso: adrenalina e testosterona. De resto, sobra pouca coisa para se falar. É competente ao provocar alguma ansiedade na platéia e em ser inverossímil, como outros títulos do gênero, mas não dura muito tempo na memória e nem tem uma relevância tão grande assim.

Agora ninguém pode dizer que não criou uma nova lenda dos filmes de ação. Um agente com tantas qualidades que se John Connors pudesse, mandaria de volta no lugar do T-800.

Um Grande Momento

“Peça desculpas à sua mulher por mim”.


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