Foram anunciados os filmes selecionados para as mostras competitivas da 22ª edição do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá – Cinemato, que acontece de 14 a 20 de julho na capital mato-grossense. Os títulos em competição nas categorias Melhor Filme de Longa Metragem Nacional e Melhor Filme de Curta Metragem Nacional concorrem ao Troféu Coxiponé, que leva este nome em uma homenagem aos índios da nação Coxiponé (etnia Bororo), que habitavam as margens do Rio Coxipó, no século XVIII. Este ano o evento bateu o recorde de inscritos: foram 458 filmes em um período de apenas 9 dias.
Confira a lista completa de selecionados nas mostras competitivas:
Longas-metragens
Mawé (AM), de Jimmy Christian
Pedra Vermelha (SC), de Cassemiro Vitorino e Ilka Goldschmidt
Kopenawa: sonhar a terra-floresta (RJ), de Marco Altberg e Tainá de Luccas
O Silêncio Das Ostras (MG), de Marcos Almeida Pimentel
Concerto de Quintal (RO), de Juraci Júnior
Serra das Almas (PE), de Lírio Ferreira (PE)
Curtas-metragens
A Nave Que Nunca Pousa (PB), de Ellen Morais
Albuesas (MT), de Gloria Albues
Arame Farpado (SP), de Gustavo de Carvalho
Benção (BA), de Mamirawá e Tainã Pacheco
Cabeça de Boi (MG), de Lucas Zacarias
Coisa de Preto (SE), de Pâmela Peregrino
Dandara (GO), de Raquel Rosa
Linda do Rosário (RJ), de Vladimir Seixas
Mãe (RS), de João Monteiro
Maira Porongyta – o aviso do céu (MT), de Kujãesage Kaiabi
Marcos, o Errante (BA), de Thiago Brandão
O Enegrecer de Iemanjá e a Subtração do Sagrado Afro (PR), de Uê Puauet
O Último Varredor (MT), de Perseu Azul e Paulo Alipio
Reagente (MT), de Bruno Bini
Tapando Buracos (AL), de Pally e Laura Fragoso.
Além da Mostra Competitiva, o festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, traz as Mostras inclusivas e educacionais: Cinema Escola, leva filmes selecionados a estudantes da rede pública, formando novas gerações de plateias críticas; Cinema Itinerante, exibições gratuitas em bairros periféricos, aldeia indígena e quilombo; Cinema Paradiso (desde 1993), leva filmes a presídios, hospitais e abrigos, ação que transforma o cinema em ferramenta de reabilitação social e humanização.
Homenageado
Com o tema “Decolonizando a Amazônia”, o evento irá homenagear Silvino Santos (1886- 1970), conhecido como o cineasta da selva. Nascido em Portugal , chegou ao Brasil ainda jovem e tornou-se um dos mais importantes documentaristas da Amazônia no século XX.
Entre suas obras, destaca-se o documentário Amazonas, o Maior Rio do Mundo (1931), que foi encontrado em 2023, na República Tcheca, após passar quase 100 anos perdido. Em 1921, ele dirigiu No Paiz das Amazonas, clássico filme que mostra o processo de extração e cultivo de produtos na região Norte do Brasil.
