Cinzas do Passado – Redux

(Dung che sai duk redux, HKG/CHI, 2008)

Drama

Direção: Kar Wai Wong

Elenco: Leslie Cheung, Jacky Cheung, Tony Leung Ka Fai, Tony Leung Chiu Wai, Brigitte Lin, Carina Lau, Maggie Cheung, Li Bai, Charles Yeung

Roteiro: Louis Cha (romance), Kar Wai Wong

Duração: 93 min.

Minha nota: 7/10

Cinzas do Passado – Redux é a versão definitiva da primeira grande produção de espadachim que chegou e fez sucesso aqui no Ocidente, abrindo as portas para filmes como O Tigre e o Dragão, o Clã das Adagas Voadoras e outros. Esta produção, com seus 100 minutos originais, chegou ao Brasil com o nome de Cinzas do Tempo e se propagou pelo mundo em diversas versões piratas, com edições diferentes da do diretor.

Catorze anos depois Wong resolveu revisitar a sua obra e contar a sua história como ela deveria ser contada. Separando-a em estações do ano, melhorou o entendimento do filme, mas manteve-o com todos os elementos que o tornaram uma obra de referência.

Na tela, um espadachim que deixou a cidade depois que sua amada resolveu se casar com seu irmão e, refugiado no meio do deserto, vira uma espécie de empresário de vários matadores de aluguel. É ele quem conta a sua história e a de outros três homens ao público. O belo que se envolve com uma estranha dupla de irmãos, um espadachim cego que é contratado para acabar com um muitos bandidos e um outro que não gosta de usar sandálias.

O enredo gira em torno da solidão e da desilusão, temas sempre repetidos na trajetória do diretor e roteirista.

Seu senso estético, que hoje conhecemos tão bem, era completamente desconhecido quando o projeto foi lançado, mas é percebido em cada detalhe de cena, cada luta, cada personagem, lindo e estonteante como sempre.

Apesar de toda sua grandeza estética e do sempre forte conteúdo, não é um filme admirado por todos. Com a narrativa lenta e às vezes repetitiva, cansa parte da platéia e chega a fazer alguns espectadores sairem da sala de projeção.

Lindíssimo, é uma pérola como cinema e, para mim, merece ser conhecido por todos.

Quem não tem paciência para filmes orientais e não suporta narrativas lentas pode se irritar muito com o filme.

Próxima sessão no festival: 09/11, às 19h30.

Um Grande Momento

A luta do guerreiro cego com o bando.


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FIC Brasília 2008

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