Comunicurtas: o reencontro e a descoberta

Depois de cinco dias dedicados ao audiovisual paraibano e todas as suas cores, toques e matizes, fazendo também um recorte interessante do que se produz no Brasil e no mundo, chegou ao fim ontem (5) o 16º Festival Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas UEPB, que trouxe esse ano a temática “Inventar a vida, viver a arte”.

Híbrido, ainda por conta da pandemia Covid-19, o evento contou com sessões online, mas teve exibições no Teatro Municipal Severino Cabral e debates no Museu da Arte Popular da Paraíba e, com isso marcou o reencontro da população de Campina Grande e dos convidados do festival com a sala escura, a tela grande e o cinema. Aquela sensação de apresentar o filme, assistir e longo em seguida conversar sobre ele, algo que só os festivais de cinema podem proporcionar, marcou o evento.

Na 16ª Comunicurtas UEPB foram exibidos 103 obras audiovisuais nas mostras “Território Liberdade”, “Longas Metragens Internacionais”, “Longas Nacionais”, “Mostra Filmes do Mundo”, “Mostra Brasil de Curtas Metragens”, “Mostra Tropeiros da Borborema”; “Tropiqueer”; “Som da Serra de Vídeo Clipes”, “Mostra Tropeiros de Telejornalismo”; “Estalo”, e “Mostra A Idéia é”. A curadoria do festival foi de Amilton Pinheiro, Hipolito Lucena e Francisco Haniel, com direção artística de Rebeca Souza.

Nas telas — do teatro, do computador ou nas projeções no museu — foi possível conhecer muitos universos e existências, visitar particularidades e encontrar novas maneiras de contar histórias. Mais uma vez o cinema, ali em experimentações de linguagens e narrativas, se fez possível e é sempre bom ver isso se concretizando, ganhando vida e encontrando no espectador uma nova verdade.

Reprodução O Que o Machos Querem, de Ana Isaura Diniz

Premiações

No encerramento do 16º Festival Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas UEPB o público pode conferir a potente mostra “Território e Liberdade” de videoarte, em projeção mapeada na Tela Jackson Pandeiro e Poesia.

Também foi quando foram anunciados os vencedores desta edição. Confira a lista abaixo:

Mostra Tropeiros Da Borborema
Melhor Filme: O Que Os Machos Querem – Ana Isaura Diniz
Melhor Roteiro: Boyzin – R.B Lima
Melhor Direção: O Que Os Machos Querem – Ana Isaura Diniz
Melhor Fotografia: Terra Vermelha – Allan Marcus e Leonardo Gonçalves
Melhor Direção de Arte: O Que Os Machos Querem – Ana Isaura Diniz
Melhor Montagem: Essa Saudade – Yan Albuquerque
Melhor Atriz: Ana Marinho Do Filme “O Que Os Machos Querem” – Ana Isaura Diniz
Melhor Som: Boyzin – R.B Lima
Melhor Trilha Sonora: Boyzin – R.B Lima

Mostra Brasil – Curtas Metragens
Melhor Filme: O Barco e O Rio – Bernardo Ale Abinader
Melhor Direção: O Barco e O Rio – Bernardo Ale Abinader
Melhor Fotografia: A Morte Do Do Funcionário – Guilherme Pau Y Biglia
Melhor Direção De Arte: A Morte Do Funcionário – Guilherme Pau Y Biglia
Melhor Montagem: 3 É 5 – Pedro Castelo Branco
Melhor Ator: César Ferrario
Melhor Atriz: Caroline Nunes
Melhor Som: O Barco E O Rio – Bernardo Ale Abinader
Melhor Trilha Sonora: Enquanto O Sol De Põe – Márcia Lohss
Menção Honrosa: Ator – Taumaturgo Ferreira
Menção Honrosa: “Cine Aurélio”, Kennel Rógis

Filmes Do Mundo – Curtas Metragens Internacionais
Melhor Filme: “Mamapara”, de Alberto Flores – Peru
Melhor Direção: Anastasia Raykova pelo filme “Ela” – Portugal
Melhor Roteiro: Vlad Bolgarin no filme “Suspirar” – Moldávia
Melhor Fotografia: Alberto Flores Vilca por “Mamapara” – Peru
Melhor Direção De Arte: Camilo Niño por “A Charneca Escura”- Colômbia
Melhor Montagem: Alberto Flores Vilca por “Mamapara” – Peru
Melhor Ator/Atriz: Julian Fuentes no filme “A Charneca Escura” – Colômbia
Melhor Som: Radu Zariciuc por “Suspirar”
Melhor Trilha Sonora: Shawn James Seymour por “Suspirar”

Mostra De Longas Nacionais
Melhor Filme: “Jesus Kid” de Aly Muritiba
Melhor Roteiro: “Álbum Em Família” de Daniel Belmonte
Melhor Direção: “#Eagoraoque” de Rubens Rewald e Jean Claude Bernardet
Melhor Fotografia: “Jesus Kid” de Aly Muritiba
Melhor Direção De Arte: “Achados Não Procurados”, De Fabi Penna
Melhor Montagem: “Álbum Em Família”, Daniel Belmonte
Melhor Atriz: Maureen Miranda – Nurse, “Jesus Kid”
Melhor Ator: Paulo Miklos – Eugênio, “Jesus Kid”
Melhor Som: “#Eagoraoque” de Rubens Rewald e Jean Claude Bernardet
Melhor Trilha Sonora: “#Eagoraoque” de Rubens Rewald e Jean Claude Bernardet

Mostra De Longas Internacionais
Melhor Filme: Eunice Ou Carta A Uma Jovem Actriz – Tiago Durão, Portugal
Menção Honrosa: Uma Desconhecida ‐ Fabrizio Guarducci, Itália

Mostra Tropiqueer
Melhor Filme: Nazo, Dia E Noite Maria”- Andréa Paiva
Melhor Roteiro: Nazo, Dia E Noite Maria”- Andréa Paiva
Melhor Direção: Nazo, Dia E Noite Maria”- Andréa Paiva
Melhor Fotografia: Não Me Chame Assim – Diego Migliorini
Melhor Direção De Arte: Não Me Chame Assim – Diego Migliorini
Melhor Montagem: Não Me Chame Assim – Diego Migliorini
Melhor Ator: Marcos Suchara – Não Me Chame Assim
Melhor Atriz: Leona Jhovs – Não Me Chame Assim
Melhor Som: Não Me Chame Assim – Diego Migliorini
Melhor Trilha Sonora: Não Me Chame Assim – Diego Migliorini

Mostra Território Liberdade – Videoarte
Melhor Filme: The Note – Do Diretor Slavash Eydani
Melhor Filme: Pagar Para Respirar – Potira Maia

Mostra Som Da Serra
Melhor Videoclipe: “Fridolin” – Jonatan Gentil

Mostra De Telejornalismo
Melhor Reportagem: Série “Paraíba Na Mesa” – Hebert Araújo
Melhor Repórter Cinematográfico: Parque Do Poeta – Paulo Ítalo
Prêmio Luiz Custódio de Folkcomunicação: Série “Paraíba Na Mesa” – Hebert Araújo
Prêmio Luiz Custódio de Folkcomunicação: Dia Mundial Do Cuscuz – Hermano Junior e Emanuelly Nogueira

A Ideia É…
“Baterias Moura e a Paixão Antiga” – Gabriella Ferreira

O Comunicurtas é realizado anualmente pela UEPB e tem como coordenador geral o jornalista Hipólito Lucena, coordenador de Comunicação da Universidade, e mobiliza os estudantes do curso. Além de todo o caráter pedagógico, a iniciativa possibilita a visibilização do cinema paraibano e promove um diálogo com o que está sendo feito no resto do Brasil e do mundo. É um evento que, como defende o próprio Lucena, “representa a resistência das artes e da cultura, e tem contribuído para formar plateias e despertar novos talentos na sétima arte”.

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