Neste ano, o grupo de curadores do 16º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, formado por Camila de Moraes, Amilton Pinheiro e Marcus Mello teve a difícil tarefa de selecionar, dentre os 423 curtas de todas as regiões do Brasil, os 12 filmes que farão parte da Mostra Competitiva Nacional. Com uma forte presença nordestina, mostrando a descentralização da produção, a seleção ainda mostra a diversidade de temas, gêneros e linguagens, além de revelar novos autores.
O tradicional festival paraibano acontecerá de 9 a 15 de dezembro. Nesta edição, o evento volta às salas presenciais, mas mantém sua programação on-line para todo o Brasil por meio da Plataforma Aruanda Play. Além dos curtas, já foi anunciado que o represente brasileiro na disputa a uma das vagas ao Oscar de Melhor Filme Internacional, Deserto Particular, dirigido por Aly Muritiba, também estará no festival.
Confira a lista completa de curtas selecionados
“Animais na Pista“ de Otto Cabral (Ficção). João Pessoa/PB (2021). Sinopse: Um acidente de percurso pode dizer muito a respeito da humanidade.
“Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio” de Radhi Meron (Animação). São Paulo/SP (2021). – Sinopse: Se as ruas pudessem falar, o que diriam? Aurora é uma triste e solitária rua de uma grande cidade. Em um dia de chuva forte, ela relembra sua trajetória e sonha com o futuro e se pergunta: é possível uma rua morrer?
“Cabidela’s Bar” de Tadeu de Brito (Ficção). João Pessoa/PB (2021). – Sinopse: Travessias para chegar em lugares que estão dentro da gente, para Miguel encontrar seu pai é uma travessia feita entre memórias, sangue e amor.
“Coleção Preciosa” de Rayssa Coelho e Filipe Gama (Documentário). Vitória da Conquista/BA (2021). Sinopse: Vivendo na cidade baiana de Vitória da Conquista, o técnico em refrigeração Ferdinand Willi Flick dedicou mais de cinco décadas a cultivar sua grande paixão: o cinema. A relação entre Flick e a sétima arte resultou em uma impressionante coleção de itens de cinema, que ele chamava de “Coleção Preciosa”.
“Ele Tem Saudade” de João Campos (Ficção). Brasília/DF (2021). – Sinopse: Murros na porta. A espera da ligação da irmã. Em um futuro próximo, a falta de ar, dois desconhecidos e o vírus de um Estado opressor.
“Entre Muros” de Gleison Mota (Ficção). Feira de Santana/BA (2021). – Sinopse: Em suas férias escolar, José é levado por sua mãe para ajudar nas tarefas domésticas no condomínio de luxo. Cercado pelos grandes muros, José quer brincar de bola na parte externa.
“Foi Um Tempo de Poesia” de Petrus Cariry (Documentário). Fortaleza/CE (2021). – Sinopse: A partir de um material filmado em Super-8, o poeta Patativa do Assaré nos conta sobre sua vida e obra. O documentário é narrado pelo diretor Petrus Cariry, lançando um olhar afetivo sobre o seu padrinho Patativa do Assaré. Quando o fim se aproxima, o que fica são as memórias que você deixa no outro.
“Hortelã” de Thiago Furtado (Ficção). Terezina/PI (2021). – Sinopse: Uma história sobre afetos e atravessamentos. Quando o relacionamento de Luís e Alexandre chega ao fim, vem à tona o fato de que Dinha, doméstica que cuida de Luís desde pequeno é avó de Alexandre. Encarando preconceitos, relações familiares e trabalhistas, o filme traz um debate universal.
“Inventário do Corpo” de Alini Guimarães e Jonathan Bào (Documentário). São Paulo/SP (2021). – Sinopse: Num híbrido de documentário e videoarte, Inventário do Corpo propõe o resgate das memórias familiares de uma mulher negra, que marcada pela miscigenação, busca reconstruir a sua identidade em diáspora.
“O Pato” de Antônio Galdino (Ficção). Alagoa Grande/PB (2021). – Sinopse: O Pato, conta a história de Cida (Norma Goes), uma mulher que decide acabar com o ciclo de violência em sua casa, e ser um exemplo para sua filha, Fia (Ana Julia).
“Sideral” de Carlos Segundo (Ficção). Natal/RN (2021). – Sinopse: Na Base Aérea de Natal, o Brasil se prepara para lançar o primeiro foguete tripulado para o espaço. Este dia histórico afeta a vida de Marcela, Marcos e seus dois filhos. Ela é faxineira e ele, mecânico, mas ela sonha com outros horizontes…
“Yabá” de Rodrigo Sena (Ficção). Natal/RN (2021). – Sinopse: Numa aldeia de pescadores cujos antepassados vieram da África, escravizados, permanecem antigas crenças e cultos ancestrais. Neide (Jari Nass) é uma antiga moradora em busca de saídas para salvar seu negócio, ameaçado pela diminuição dos peixes devido ao derramamento de óleo na região. As relações entre as antigas formas de trabalho pesqueiro e suas crenças são contrastadas com a necessidade de trabalho coletivo
[16º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro]