(Back to the Future, EUA, 1985)
Aventura/Ficção CientíficaDireção: Robert Zemeckis
Elenco: Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Lea Thompson, Crispin Glover, Thomas F. Wilson, Claudia Wells, Marc McClure, Wendie Jo Sperber, George DiCenzo, Frances Lee McCain
Roteiro: Robert Zemeckis, Bob Gale
Duração: 116 min.
Nota: 8
Hoje é dia 21 de outubro de 2015. O dia em Marty McFly chega ao futuro. Já que hoje é o futuro, vamos relembrar desta trilogia que fez tanto sucesso com crianças e adolescentes dos anos 80 e que, a despeito do tempo que passa, continua encantando quem assiste aos filmes. Produzido por Steven Spielberg e dirigido por Robert Zemeckis, De Volta para o Futuro fala das idas e vindas no tempo de Marty McFly e seu amigo Dr. Emmett Brown.
No primeiro filme conhecemos os dois personagens, vividos por Michael J. Fox e Christopher Lloyd, respectivamente. Doc Brown acabou de inventar a máquina do tempo e agora tem combustível para fazê-la funcionar em um hoje em dia mítico DeLorean. Ao mostrar o invento para o amigo, convidado para filmar tudo para a posteridade, as coisas saem do controle e Marty McFly acaba voltando sem querer para o ano de 1955.
Sem saber as consequências de suas ações, o jovem interfere em eventos passados e, com sua mãe apaixonada por ele, precisa reverter a situação para continuar existindo no mundo. Além de precisar arrumar um jeito de voltar para o futuro. Para isso, vai atrás de seu amigo inventor que ainda nem o conhece.
A história do filme é muito interessante e Zemeckis tem todo um cuidado especial para construir sua trama. O tempo, uma das figuras principais da história é a primeira coisa que vemos no filme, num sem número de relógios de todos os tipos e tamanhos que Brown tem em sua casa. Lá também vemos as engenhocas inventadas pelo cientista e somos apresentados ao tal combustível da DeLorean. É nesse mesmo local que temos nosso primeiro contato com Marty e suas paixões: o skate e a guitarra, esta em uma cena que já foi muitas vezes repetida por aí.
Logo depois somos apresentados às pessoas que fazem parte do cotidiano de Marty, sua namorada, sua mãe castradora e infeliz, seu pai sem atitude e subjugado pelo desagradável Biff Tannem e seus dois irmãos. A antipatia por Biff é instantânea e durará em todas as épocas demonstradas no filme.
Voltar aos anos 50 com Marty é uma delícia. Viajantes no tempo são sempre fonte de bons momentos. Aqui não é diferente. Conhecer junto com ele os costumes, os locais e a historinha de amor que ele precisa construir entre seus pais é muito divertido. Sem falar na maneira como o protagonista derrota o chato Biff e sua primeira vez apresentando música para o público, excelentes momentos do filme.
Com um elenco afiado e muita química entre Fox e Lloyd, um desenho de produção de Lawrence G. Paul com competentes direção de arte de Todd Hallowell, cenografia de Hal Gausman e figurino de Deborah Lynn Scott e a boa trilha sonora de Alan Silvestri, sobra espaço para Zemeckis fazer uma aventura eficiente, com muito humor e alguns momentos de suspense. Aliás, se Zemeckis é um mestre em criar momentos de tensão, isso aqui já ficava bem claro com a sequência do raio.
É um daqueles filmes obrigatórios, que resiste àquilo que tem como principal elemento: o tempo. Foi um dos meus favoritos na infância e está na lista de melhores filmes que meu filho fez ao completar dez anos. E isso, para uma obra de cinema, é muita coisa.
Veja aqui os outros textos: Parte II e Parte III
Um Grande Momento:
O raio.
Links
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