Desventuras em Série

(Lemony Snicket’s A Series of Unfortnate Events, 2004, EUA)

Aventura/Fantasia

Direção: Brad Silberling

Elenco: Liam Aiken, Emily Browning, Kara Hoffman, Shelby Hoffman, Jim Carrey, Jude Law, Timothy Spall, Catherine O’Hara, Billy Connolly, Meryl Streep, Jennifer Coolidge, Dustin Hoffman

Roteiro: Daniel Handler (livros), Robert Gordon

Duração: 108 min.

Minha nota: 7/10

Um dos poucos filmes que vi na minha viagem de carnaval foi o divertido Desventuras em Série. Embora não tenha chamado muita atenção e nem atraído olhares muito carinhosos por ser muito diferente da série de livros, a produção tem qualidades inegáveis e cumpre o seu principal objetivo ao divertir e entreter os pequenos, principalmente se eles forem inventores como o Rodrigo.

Na tela vemos as desventuras de três crianças órfãs que perderam seus pais após um incêndio. Como são menores de 18 anos, os três têm que ficar sob a tutela de Conde Olaf, um parente distante ganancioso e estranho.

A primeira coisa que chama a atenção dos espectadores mais velhos é a construção de um mundo fantástico cheio de detalhes e com uma cor bem característica. Tanto o desenho de produção, de Rick Heinrichs; a cenografia de Cheryl Carasik; os figurinos de Colleen Atwood e Donna O’Neal e a arte de John Dexter, Tony Fanning, William Hawkins e Martin Whist são perfeitos ao recriar este ambiente onde as três crianças tentam sobreviver e compreender o que aconteceu.

Depois disso vem a atuação exagerada mas perfeita para o papel de Jim Carrey que, embora irrite muitos dos que estão vendo o filme, não consigo ver sendo feita por nenhum outro nome da atualidade. Com a ajuda de uma maquiagem impressionante e se aproveitando de todos os seus maneirismos, Carrey constrói um Conde Olaf marcante e faz com que quem esteja na frente da tela torça pelos pequenos, mas queira rever o malvado.

O resto do elenco também está muito bem. As crianças são muito boas e as participações especiais de Meryl Streep como a tia paranóica; Timothy Spall como o responsável tapado; Billy Connolly como o amante de cobras e Dustin Hoffman como o crítico de teatro deixam tudo ainda mais interessante.

Mas nem tudo são flores, é claro. O filme peca justamente por toda a a liberdade que tomou frente a uma adaptação literária. Que conhece e adora (é realmente difícil não adorar) a série de livros Desventuras em Série acha tudo tão diferente do que leu que fica complicado desvencilhar um do outro e olhar tudo sem comparar. Ou seja, só aqueles que leram (ou os que já esqueceram o que leram) vão conseguir se entregar totalmente ao filme.

Adaptações literárias à parte, é um programa divertido e cativante. Aqueles que têm crianças por perto não vai errar ao escolhê-lo.

Quem odeia o Jim Carrey pode manter distância. Quem já leu os livros e ainda não viu o filme, tente esquecer tudo que já sabe sobre os irmãos Beaudelaire antes de ver.

Um Grande Momento

Na linha do trem.

Oscar 2005
Melhor Maquiagem (Valli O’Reilly, Bill Corso)



Prêmios e indicações
(as categorias premiadas estão em negrito)

Oscar: Direção de Arte (Rick Heinrichs, Cheryl Carasik), Figurino (Colleen Atwood), Maquiagem (Valli O’Reilly, Bill Corso), Trilha Sonora (Thomas Newman)

MTV Movie Awards: Vilão (Jim Carrey)

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Site Oficial

Imdb

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