Fúria de Titãs

(Clash of the Titans, EUA, 2010)
Ação/Aventura
Direção: Louis Leterrier
Elenco: Sam Worthington, Liam Neeson, Ralph Fiennes, Jason Flemyng, Gemma Arterton, Alexa Davalos, Pete Postlethwaite, Elizabeth McGovern
Roteiro: Beverley Cross (roteiro do filme original), Travis Beacham, Phil Hay, Matt Manfredi
Duração: 106 min.
Nota: 4 No ano de 1981, chegava aos cinemas um filme despretensioso e com uma estética tão assumidamente kitsch que ficou difícil resistir a seus encantos.

Em uma época de poucos efeitos especiais e de bons filmes na sessão da tarde, Fúria de Titãs acabou se tornando uma espécie de clássico sempre lembrado.

Foi esse sucesso no passado que acabou trazendo a conhecida história de volta às telonas neste momento de colapso criativo por que passa Hollywood.

Com efeitos especiais muito mais impressionantes, mas não tão eficientes, vemos Perseu se revoltar contra os deuses do Olímpo depois que seus pais adotivos são mortos por Hades, o irmão malévolo de Zeus e responsável pelo submundo, ou mundo dos mortos.

A fúria dos deuses é despertada depois que a humanidade começa a questionar sua existência e a necessidade da fé e serve como desculpa para que Hades planeje a tomada do trono de seu irmão Zeus.

Perseu, filho de Zeus com uma humana, é o único que pode tentar derrotar Hades e assim evitar a liberação do monstro.

Ainda que tenha passagens interessantes e algumas soluções dadas para a modernização do original funcionem, o roteiro do novo filme é fraco, didático além da conta e não consegue envolver o espectador.

O efeito 3D, aplicado na finalização, não consegue encher os olhos de ninguém, principalmente depois de Avatar.

Outro problema grave é o elenco feminino, que está ali muito mais para ser bonito do que para ser convincente. Na maioria das cenas nenhuma interpretação é exigida das moças.

No elenco masculino as coisas funcionam mais, principalmente pelas participações de Liam Neeson e Ralph Fiennes como Zeus e Hades, ainda que seus personagens não fiquem guardados na memória por muito tempo. Sam Worthington demonstra que não é tudo isso que está se alardeando por aí depois de sua participação no último Exterminador do Futuro, mas segura bem papéis de ação.

No final das contas, o que fica mesmo são as cenas de ação, de luta. E até que funcionam para esse tipo de programa.

Mas é aquele negócio de não entrar no cinema esperando muita coisa do que está por vir e tendo a consciência de que o primeiro filme, ao ser assumidamente exagerado e ocasionalmente mal feito, vai ser sempre melhor.

Um Grande Momento

A homenagem ao filme antigo com os brilhos do Olímpo.

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