Hancock

(Hancock , EUA, 2008)

Comédia

Direção: Peter Berg

Elenco: Will Smith, Charlize Theron, Jason Bateman, Jae Head, Eddie Marsan, David Mattey, Maetrix Fitten

Roteiro: Vincent Ngo, Vince Gilligan

Duração: 92 min.

Minha nota: 5/10

Ainda sobre o efeito de Batman – O Cavaleiro das Trevas e sem muitas opções inéditas, acabei contrariando os diversos alertas de “deixa pra depois” e o meu próprio bom senso e comprei a minha entrada para o novo filme do Will Smith.

Mesmo sem ser uma de suas fãs, acompanho há tempos o trabalho do cantor/ator e confesso que, com raras exceções, deixo de me divertir nos filmes que assisto dele ou de me emocionar, como foi o caso do penúltimo filme, Em Busca da Felicidade.

Hancock segue o mesmo raciocínio que o meu: é um filme que se baseia unicamente no fato de um ator não ter grandes desgraças na sua lista de atuações e, muito menos, faturar pouco nas bilheterias.

Nas telas uma história divertida de um super-herói alcoólatra e acostumado a salvar o mundo sempre acompanhado de ressacas incríveis e sem se importar muito com o que vai destruindo pelo caminho Em uma de suas ações, conhece um relações públicas frustrado que vê no herói a sua chance de obter reconhecimento profissional.

O filme caminha bem até um certo ponto. Além de provocar risadas no público, o carisma do super-herói problema acaba nos conquistando. Mas depois que degringola, faz isso com força total. Parece que a produção, não contente com o resultado cômico alcançado até então, resolve mudar o “rumo da prosa” e tenta explicar e determinar tudo em uma história naturalmente fantástica. O que era legal até então, fica bem chato.

Depois da tentativa de explicação do inexplicável, apenas alguns momentos conseguem chamar atenção e fazer rir. Fora eles, o que resta são atuações fracas e cenas exageradas que, para piorar, não foram tão bem acabadas como deveriam.

Will Smith é o único que consegue se manter regular durante todo o filme, misturando em um mesmo personagem o Chris Garner de Em Busca da Felicidade, o Alex Hitchens de Hitch e o detetive Mike Lowrey de Bad Boys. Ao seu lado temos um Jason Bateman que não precisa se esforçar muito e uma Charlize Theron que já esteve muito melhor antes.

O roteiro também não consegue se manter, uma vez que tampar buracos passa a ser o seu principal objetivo, mas é competente em muitas piadas e na criação dos personagens. Os efeitos especiais também não são os mais brilhantes, uma vez que passamos por uma era onde qualquer coisinha nos impressiona.

Apesar de não ser um bom filme, é melhor do que falaram para mim e até seria bom se não fosse a mudança abrupta na história. Além disso, consegue fazer rir.

O mais fraco dos blockbusters em cartaz, sem dúvida. Se for visto sem grandes pretensões e depois de ser bombardeado por seus parentes e amigos talvez não incomode tanto.

Um Grande Momento

O “trem” na cadeia. De matar de rir.



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