Infecção

(Kansen, JAP, 2004)

Terror

Direção: Masayuki Ochiai

Elenco: Michiko Hada, Mari Hoshino, Tae Kimura, Yoko Maki, Kaho Minami, Moro Morooka, Shirô Sano, Koichi Sato, Masanobo Takashima

Roteiro: Ryoichi Kimizuka, Masayuki Ochiai

Duração: 98 min.

Minha nota: 5/10

Agora que o Robson vai falar que eu só gosto de filmes de terror, mas não é verdade. Tudo bem, eu gosto, mas não é o meu gênero favorito.

Outro dia estava à toa em casa, sem nada para fazer, quando vi o anúncio do filme Infecção no Cinemax. Como as cenas da propaganda me chamaram a atenção, resolvi sentar para conferir, sem esperar grandes coisas.

De um lado temos um hospital sem dinheiro para pagar os funcionários, para comprar material e que mal consegue manter as portas abertas. Nele, médicos e enfermeiras problemáticos e mal-humorados fazem o plantão da noite, cuidando dos poucos pacientes que estão internados. Um vítima de queimaduras por todo corpo, uma senhora que vê os antepassados no espelho e um menino que está sempre com uma máscara.

De outro, uma ambulância chama insistentemente pelo rádio e tenta encontrar algum lugar que aceite um paciente com estranhos sintomas à beira da morte.

O começo do filme, apesar dos efeitos precários não é ruim e o jogo de cores, mesmo que já batido, funciona. Enquanto em um universo tudo é pálido e esverdeado, no outro imperam as cores quentes, com destaque para o vermelho.

Os atores também não são ruins, mas a encenação é teatral demais. Por várias vezes não conseguimos distinguir se o que vemos na tela é um filme ou uma peça gravada por um espectador qualquer. A marcação é quase toda feita para uma câmera estática.

Apesar disso, o principal problema é outro: o roteiro. Mesmo com uma boa idéia e um desenvolvimento regular na primeira parte, ele exagera e chega a ficar frenético na segunda. Abusando de clichês do gêneros e de cenas desnecessárias. A solução é bem fraquinha e confusa, mas quem aprecia o terror japonês vai gostar, já que além dos sustos, ainda tem que decifrar o que está acontecendo.

O filme é considerado como a primeira parte de uma trilogia com os filmes Premonição (Yogen) e Almas Reencarnadas (Rinne), mas eu não sei dizer o porquê disso, já que eles não têm muita coisa a ver.

Apesar de ser fraquinho é muito melhor do que as adaptações estadunidenses de produções orientais. Claro que logo, logo, estará estreando nas telas todo falado em inglês. Segundo pesquisas no IMDb, a previsão é 2009.

Bom para ser visto do jeito que eu fiz: por acaso, sem pretensões e por curiosidade em um dia sem grandes coisas para fazer. Mas se prepare para raiva, ela pode aparecer uma vez ou duas.

Indicado para quem gosta de filmes de terror e não perde nenhum lançamento, principalmente se for oriental.

Um Grande Momento

Difícil achar algum momento, mas a discussão para decidir como o erro médico será escondido é até interessante.



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