The Beach Boys: Uma História de Sucesso

(Love & Mercy, EUA, 2014)

Drama
Direção: Bill Pohlad
Elenco: Paul Dano, John Cusack, Elizabeth Banks, Paul Giamatti, Jake Abel, Kenny Wormald, Brett Davern, Graham Rogers, Erin Darke, Joanna Going, Bill Camp, Nick Gehlfuss
Roteiro: Oren Moverman, Michael A. Lerner
Duração: 121 min.
Nota: 7

Brian Wilson é um dos maiores gênios da música pop. Além de ser o idealizador da banda Beach Boys, que formou com seus irmãos Carl e Dennis, o primo Mike Love e o amigo Alan Jardine, Brian era responsável por muitas das melodias interpretadas pelo grupo. Tanto na primeira fase, mais infantil, quanto na segunda fase, mas complexa harmonicamente.

The Beach Boys: Uma História de Sucesso conta a história do lendário músico, destacando dois momentos da carreira do compositor: em meados dos anos 1960, quando, depois de ouvir o álbum Rubber Soul, dos Beatles, ele resolve que fará um álbum perfeito – o resultado é Pet Sounds, um dos melhores álbum de todos os tempos – e nos anos 1980, quando tenta sobreviver ao tratamento invasivo do psiquiatra Eugene Landy.

Respeitando toda a importância da música nesta história específica, o produtor Bill Pohlad, em sua segunda experiência como diretor, consegue fazer um bom trabalho com as interseções musicais com os maiores sucessos da banda vocal. Para que sejam naturais, opta pela narrativa não linear e mescla a vida sem música de Brian com os anos dourados como compositor, com uma vida praticamente dentro dos estúdios de gravação.

Porém, se a narrativa auxilia na disposição da trilha sonora, o mesmo não pode ser dito da constância do filme. Enquanto a primeira fase é visualmente mais interessante e conta com uma atuação inspirada de Paul Dano (Pequena Miss Sunshine) no papel principal, a segunda não consegue envolver o espectador de maneira efetiva, mesmo que seja ela a que contém o mote principal do filme, com o retorno criativo de Brian graças a intervenção de Melinda. Para completar, John Cusack (2012) não consegue encontrar o tom certo para encarnar o compositor fragilizado mentalmente e Paul Giamatti (Sideways – Entre umas e Outras) exagera mais do que o usual como Dr. Landy.

A diferença no interesse entre as duas histórias que compõe uma causa um estranhamento e dá ao filme a impressão de serem duas realizações distintas, uma boa e outra mediana, que foram mescladas entre si, mas não conseguem dialogar uma com a outra.

Mas ainda estão lá as boas músicas e a abordagem interessante à constituição de um dos nomes mais importantes da música de hoje em dia, como a doentia relação de Brian com o pai ou o deslumbre e obsessão com a sua arte. Fãs da banda se emocionaram em muito momentos e a gravação de “God Only Knows” talvez seja o melhor deles.

Um Grande Momento:
“God Only Knows”.

Links

IMDb [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=lioWzrpCtGQ[/youtube]

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