Mangoshake

(Mangoshake, CAN, 2018)
Comédia
Direção: Terry Chiu
Elenco: Matias Rittatore, Ian Sheldon, Sermed Al-Chalabi, Ray Arzaga, Michel Backady, Monika Bicarova, Michel Choquette
Roteiro: Terry Chiu
Duração: 104 min.
Nota: 6

A hora é de sacudir com o indie juvenil canadense Mangoshake, um coming of age anárquico, que se encontra entre a paródia e o pastelão. Buscando no modo de filmar o sentimento de seus personagens, o filme foi uma das boas surpresas do 22º Bafici.

Duas coisas são facilmente localizáveis no longa: as influências de um cinema mais libertário na construção da história e o laissez-faire dos hormônios em fúria e da vontade de experimentar tudo, ao mesmo tempo e no mesmo lugar. Mangoshake fala da juventude do asfalto, dos bairros, aquela que descobre a vida ao lado das mesmas pessoas, frequentando os mesmo lugares, sem muitas opções. As novidades vêm todas contaminadas com o usual, o batido, o cotidiano e com fúria que responde a isso.

Mangoshake é agitadíssimo, frenético. Lembra os exageros provocadores de Chytilová, passando pela verborragia juvenil de Rogen e Goldberg, sem nenhum apego ao lógico ou ao aceitável. Terry Chiu quer falar, quer gritar, quer fazer, quer destruir. Assim, encontra uma verdade única para a conhecida história de inadequação com o ambiente, onde os corpos estão sempre prestes a transbordar o espaço de que dispõem.

E nada é mais jovem do que isso. O causar em pequenas e grandes doses, o transformar o ambiente num caos parecido com aquele que está dentro de si. Porque nenhum espaço é suficientemente vasto e cheio de possibilidades para um jovem, muito menos o de um subúrbio sem graça onde todos os dias querem ser iguais.

Um Grande Momento:
A briga.

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