(Night Moves, EUA, 2013)
SuspenseDireção: Kelly Reichardt
Elenco: Dakota Fanning, Jesse Eisenberg, Peter Sarsgaard, Alia Shawkat, Katherine Waterston, Logan Miller, Kai Lennox
Roteiro: Kelly Reichardt, Jonathan Raymond
Duração: 112 min.
Nota: 6
Não fosse o desfecho atrapalhado e maçante, o thriller ecológico Night Movies seria uma experiência muito mais interessante. Tanto por sua trama bem amarrada e suspense eficiente, como pela construção de personagens antipáticos, mas ao mesmo tempo curiosos.
Dena (Dakota Fanning) e Josh (Jesse Eisenberg) são dois ativistas do meio ambiente que pretendem mandar ao mundo seu recado. Os dois se juntam a Harmon (Peter Sarsgaard), um ex-fuzileiro naval, para explodir uma barragem de usina hidrelétrica. Obstinados, compram um barco, quilos e quilos de fertilizante com amônia e partem para execução do plano.
Kelly Reichardt, diretora de filme como Antiga Alegria e Meek’s Cutoff, é um nome que se destaca na cena indie americana e, em Night Moves, demonstra que tem muita habilidade em dar força a seus personagens e inseri-los em ambientes plausíveis e facilmente identificáveis. O roteiro, escrito por ela e por Jonathan Raymond, conta com excelentes diálogos e constrói uma história instigante, onde o insucesso é tão claro quanto a vontade urgente de fazer algo.
Muito da qualidade do filme se deve à atuação do trio de protagonistas. Jesse Eisenberg surpreende com um personagem que fala menos e desconfia de tudo que está a sua volta. É impossível gostar dele, mas também é impossível deixar de prestar atenção em tudo o que está fazendo. Dakota Fanning está bem como a manipulável e por vezes ingênua Dena. Completando o grupo, Peter Sarsgaard entrega um personagem que transpira desconfiança. Não há como confiar nele.
Além das boas atuações, o filme ainda conta com as boas fotografia de Christopher Blauvelt e música de Jeff Grace.
Mas nem toda a qualidade é capaz de diminuir o impacto da problemática parte final. Embora a tentativa de acompanhar as consequências do ato tenha algum sucesso em um primeiro momento, o filme vai se perdendo e a partir de certo ponto não consegue mais se recuperar. Há um descuido com algumas cenas e a sensação é a de que Reichardt não sabia mais fazer com a história que tinha nas mãos. Uma pena.
Um Grande Momento:
A conversa durante o noticiário.
Links
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