Nos Embalos da Disco

(Disco, FRA, 2008)

Comédia
Direção: Fabien Onteniente
Elenco: Franck Dubosc, Emmanuelle Béart, Gérard Depardieu, Samuel Le Bihan, Abbes Zahmani, Isabelle Nanty, Annie Cordy, François-Xavier Demaison, Christine Citti
Roteiro: Fabien Onteniente, Philippe Guillard, Franck Dubosc, Emanuel Booz
Duração: 103 min.
Minha nota: 6 [rating:6/10]

O filme Os Embalos de Sábado à Noite marcaram os anos 70 e a disco music, levando o estilo musical ao seu auge de popularidade ao contar a história de Tony Manero e espalhar as canções dos Bee Gees pelos quatro cantos do mundo.

O número de pessoas fazendo coreografias nas pistas de dança, com meiass de lurex, roupas coloridas e cabelos engomados aumentou significativamente e rendeu concursos de dança e até uma novela na rede Globo, a Dancin’ Days.

Décadas depois, ainda é comum ver a pista de qualquer festa encher ao som de Stayin’ Alive e, vez por outra, um concurso de dança empolgado com os passos que John Travolta dava nos filmes. Nos Embalos da Disco, como o nome sugere, também pega carona na onda e volta à disco music.

Didier está desempregado há um tempo e acabou de tomar um calote de uma empresa fabricante de colchões de água. Sem dinheiro nenhum, sua ex-mulher diz que ele não poderá ver o filho nas férias se não puder fazer algo realmente divertido com o pequeno. Sua única opção é reunir novamente o grupo Bee Kings e, como nos velhos tempos, participar de um concurso de disco music que premiará o vencedor com uma viagem à Austrália.

A história lembra a de Ou Tudo ou Nada e, apesar de não ser tão bem acabado como o título inglês, o filme aposta em sua leveza, abusa das músicas e consegue agradar aqueles que o assistem, principalmente por seus exagerados personagens.

Didier leva seu Tony Manero desde os primeiros minutos, ao relembrar o personagem do filme de 77 no seu trajeto de volta pra casa, com aqueles passinhos quase dançados de John Travolta e, improvisando no figurino, seu conjunto de agasalho branco. Quase como se vivesse naquela época, ele ignora seus 40 anos e continua se vestindo como um garoto no começo dos anos 80.

Seus melhores amigos e parceiros de grupo de dança são Walter, um grandalhão que comanda a greve dos trabalhadores do porto e nunca conseguiu superar o abandono da namorada, e Neuneuil, um vendedor de loja de departamentos submisso à esposa que sonha em ser gerente e só chora com um olho só.

Além deles, há também o excêntrico dono da casa noturna que promove o concurso, Jean-François Jackson; sua esposa histérica, Baronesa e France, a professora de balé que ajuda o trio a se atualizar para participar da competição.

A trilha sonora é cheia de canções muito conhecidas de nomes como Earth, Wind and Fire, Sylvester, Donna Summer, Gloria Gaynor, Tina Arena e aposta até, talvez um pouco demais, em “How Deep Is Your Love”, dos Bee Gees para embalar o caso amoroso que surge no meio da trama.

Os pontos fracos são a facilidade de algumas situações, momentos muito mais longos do que precisavam ser e algumas incômodas repetições.

Mas é um filme que cumpre completamente sua proposta de divertir sem fazer pensar muito, com cenas de dança tão divertidas que, até por não serem tão bem executadas assim, já valeriam o ingresso no filme.

Uma boa maneira de voltar aos multi-coloridos tempos do disco, com direito a um Tony Manero perdido no tempo e tudo mais.

Um Grande Momento

Mostrando a coreografia para os colegas de porto.

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