Drama
Direção: Tzahi Grad
Roteiro: Ya’ackov Ayali, Gal Zaid
Duração: 98 min.
Minha nota: 8/10
Um homem deprimido, sua mulher insatisfeita e o filho estão indo para a casa. Depois de uma parada rápida para comprar falafel e arrumar as compras no carro, um homem impaciente começa a buzinar por passagem. Depois da terceira vez pedindo calma, a mulher faz um gesto obsceno para ele, que acelera, quase a atropela e arranca a porta do carro.
O marido resolve procurar a polícia para receber o dinheiro do conserto da porta, mas descobre que o motorista estressado é um herói de guerra influente e poderoso. Vendo que ninguém vai resolver o seu problema ele resolve encarar a situação e fazer a cobrança.
Com um roteiro excelente, o filme acaba envolvendo o espectador ao demonstrar a vida estagnada do protagonista e como a tensão da briga fez tudo ter um novo sentido para ele.
As tomadas são sensacionais. Tzahi Grad, em seu segundo longa, mescla longos closes com tomadas abertas e câmeras estáticas, ao mesmo tempo em que experimenta movimentos e cores.
Gal Zaid, que também assina o filme como roteirista junto com outro colega de cena, está muito bem e consegue transmitir toda a “bipolaridade” (momentos de depressão e momentos de excitação) do personagem.
Outro ponto interessante foi a localização no tempo. Os feriados Yom HaShoá, o dia da lembrança do holocausto, e o Yom Ha’atzma’ut, o dia da independência de Israel, são determinantes.
O filme é violento e pode desagradar aos que não gostam de perseguições e coisas afins. Os planos abertos também incomodam alguns, mas é, sem dúvida, um filme que merece ser conhecido por todos.
Uma boa pedida quando a intenção é ver algo agitado e diferente.
Próximas sessões no festival: 03/11, às 21h30; 09/11, às 21h50.
Um Grande Momento
A fuga correndo.
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FIC Brasília 2008