O Nevoeiro

(The Mist, EUA, 2007)

Suspense/Terror

Direção: Frank Darabont

Elenco: Thomas Jane, Marcia Gay Harden, Laurie Holden, Andre Braugher, Toby Jones, William Sadler, Nathan Gamble, Alexa Davalos

Roteiro: Stephen King (romance), Frank Darabont

Duração: 126 min.

Minha nota: 7/10

Depois de alguns comentários negativos e que desaconselhavam a conferida no filme, acabei me rendendo ao meu vício em qualquer coisa baseada nos livros ou contos de Stephen King e fui assistir ao filme no cinema.

Não tem muito jeito mesmo. Leio os livros e acabo gostando de filmes que mais ninguém gosta, como o 1408 e muitos outros. Como uma boa leitora do escritor também já cheguei a conclusão de que se existe alguém que gosta e sabe como adaptar suas obras para o cinema este é Frank Darabont.

Esta é a quarta adaptação do diretor e roteirista que, por acaso, começou no cinema com o curta The Woman in the Room, também baseado em uma história de King, e continuou com os muito bons Um Sonho de Liberdade e À Espera de um Milagre.

O Nevoeiro não chega muito perto das produções anteriores em qualidade, mas é bem interessante e cheio de coisas que só podemos encontrar nas histórias malucas de King. Uma cidade, depois de uma forte tempestade, é envolvida por uma estranha névoa que esconde dentro de si coisas inusitadas e perigosas. Para fugir do não conhecido e assustador que há lá, os moradores da cidade resolvem ficar dentro do supermercado onde faziam compras quando tudo começou.

Apesar dos muitos momentos exagerados e completamente inverossímeis (aquele negócio de algo muito ruim estar acontecendo e o mocinho demorar trinta anos para tomar alguma providência), os pulos na cadeira são garantidos e a agonia da platéia é bem trabalhada.

O ponto alto do filme, na verdade, é a discussão da falta de lógica que acaba dominando os seres humanos em situações de perigo, ainda mais quando um grupo muito grande e diverso está dividindo o mesmo espaço. A busca desesperada por soluções salvadoras ou menos dolorosas, a crença cega em uma única pessoa e a incompatibilidade de credos e interesses começam a destruir aquela micro-sociedade recém-formada.

O Justiceiro Thomas Jane está bem no papel de mocinho centrado e preocupado no filme, mas dá algumas vaciladas na hora de demonstrar sentimentos. Quem rouba a cena do filme mesmo é Marcia Gay Harden como a fanática religiosa que acredita ser a única mensageira de Deus na Terra.

A trilha sonora também é interessante é aposta em nomes como Dead Can Dance para deixar o clima do filme mais carregado e dramático.

Um bom programa para os fãs do escritor e para aqueles que gostam de ficar agoniados no cinema, mesmo que eles estejam vendo coisas pouco críveis.

Você não verá nada tão inesquecível como Um Sonho de Liberdade e algumas seqüências serão bem complicadas de engolir, mas o saldo final é positivo.

Um Grande Momento

A ida à farmácia.



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