(Sangailes vasara, LTU/FRA/NLD, 2015)
DramaDireção: Alanté Kavaïté
Elenco: Julija Steponaityte, Aiste Dirziute, Nele Savicenko, Laurynas Jurgelis
Roteiro: Alanté Kavaïté
Duração: 88 min.
Nota: 5
Sangailé é uma adolescente que sofre com sua inadequação com o mundo em que vive. De férias com a família, com quem tem uma relação fria e distante, vê nas apresentações de voo acrobático uma diversão e um desejo de futuro, embora a vertigem possa atrapalhar seus planos.
Em uma das apresentações, chama a atenção de Auste, uma adolescente que mora no local e trabalha em uma lanchonete. Feliz e de bem com a vida, Auste vive uma vida completamente diferente da de Sangailé e as duas acabam se aproximando.
Embora seja cheio de belas imagens, principalmente quando expõe as criações artísticas de Auste, que nas horas vagas faz vestidos diferentes e está sempre buscando bons ângulos para suas fotos de moda, O Verão de Sangailé acaba tropeçando na falta de um conflito.
Tudo segue um caminho fácil e superficial demais e, mesmo que algumas dificuldades surjam no caminho, nenhuma delas é capaz de prender a atenção do espectador à tela. O filme segue distante e pouco interessante para o público, e só não se perde completamente pelo visual.
Além das composições de Auste, há a beleza das duas meninas, vividas por Julija Steponaityte (Youngblood) e Aiste Dirziute, e das belas locações em Vilnius, na Lituânia. É um visual que agrada, mas que não tem força bastante para segurar a atenção e o interesse.
A impressão que fica é a de que a diretora Alanté Kavaïté (Écoute les temps) queria contar uma boa história, mas acabou contagiada pela vontade excessiva de impressionar. Deixando de lado a importância de uma trama eficiente e bem distribuída e, pior, de uma história para contar. A falta de conteúdo incomoda demais.
É como se passássemos 88 minutos vendo o nada. É um nada bonito, mas ainda assim é o nada.
Um Grande Momento:
A sessão de fotos.
Links
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