Ação
Direção: Lee Tamahori
Elenco: Nicolas Cage, Julianne Moore, Jessica Biel, Thomas Kretschmann
Roteiro: Philip K. Dick (romance), Gary Goldman, Jonathan Hensleigh, Paul Bernbaum
Duração: 96 min.
Minha nota: 0/10
A primeira vez que ouvi falar do filme foi no anúncio da lista de indicados ao Trófeu Framboesa de Ouro. Como escrever sobre essas porcarias cinematográficas é sempre muito divertido, eu resolvi assistir mas, de preferência, sem gastar nada com isso. Como neste mês ele entrou em cartaz na rede Telecine, porque não?
O filme é uma das coisas mais absurdas que eu já vi na minha vida. Conta a história de um ilusionista vidente, que consegue ver dois minutos a sua frente. Dom que utiliza para ganhar dinheiro em cassinos, arrumar namoradinhas e evitar assassinatos.
O elenco é inacreditável! De um lado temos a excelente Julianne Moore na provável maior derrapada de sua carreira e, de outro, Nicolas Cage, perdido como em todos os seus últimos filmes.
Agora que ele adotou o visual “cabelo ensebado e sem costeletas para esconder a careca, bronzeado laranja, biquinho de colágeno e feição inexpressiva de botox” ficou difícil achar alguma coisa que preste em sua filmografia recente.
Até o figurino do ex-bom ator está batido, agora ele anda sempre com a mesma roupinha (um desavisado poderia facilmente achar que estava vendo o Ben Gates de A Lenda do Tesouro Perdido) e vez por outra tira a blusa para mostrar que é gostoso. Medo de envelhecer é sempre uma m@#$a!
Correndo lado a lado com O Sacrifício, esse filme tem no roteiro tanta coisa misturada que é fácil se perder. O argumento é ridículo e não tem lógica nenhuma. Afinal de contas, se alguém está sempre vendo dois minutos a frente, é impossível que tenha noção da realidade atual, não é mesmo?
As tomadas são batidíssimas e, para completar, não existe um cuidado muito grande com os cenários e nem com os efeitos em cromaqui.
Os diálogos são medonhos e as piadas então… Alguém saberia me dizer onde está a graça de “Did you hear about the zen monk who ordered a hot dog? He said he had one with everything.” Só deve fazer sentido para os estadunidenses.
O ritmo do filme também não se sustenta e além de não empolgar a platéia nos momentos de ação, não desperta nenhuma curiosidade.
Depois de muito inventar, o filme termina ridiculamente e o jeito é rir para não chorar.
Daqueles que você deve jogar fora, passar direto e ignorar na tv. A não ser que você seja masoquista ou queira usar como instrumento de tortura.
Vários Péssimos Momentos
- A mocinha, com sua roupitcha de Pocahontas tira um presente três vezes maior do que a bolsa que carrega.
- Mudando de canais.
- As previsões de onde estarão os bad guys e as esquivas dos tiros.
- O vidente se divide em vários. Se um já estava difícil de agüentar, imagine um montão.
Prêmios e indicações (as categorias premiadas estão em negrito)
Troféu Framboesa de Ouro: Pior Ator (Nicolas Cage), Pior Atriz Coadjuvante (Jessica Biel)
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