Desde meados dos anos 90, a produção cinematográfica brasileira só cresce. Nestes quase quinze anos, vimos um aprimoramento daquilo que já tinhamos de muito bom, mas estava praticamente esquecido e só teimava em existir pela dedicação e entrega de poucos e fiéis cineastas.
Hoje o cenário é completamente diferente do apresentado antes da chamada “retomada”. Várias publicações consideram um título nacional como um dos 20 melhores filmes de todos os tempos, mais de cinco milhões de pessoas foram ao cinema conferir um filme brasileiro, a produção de documentários está cada vez mais consistente e isso sem falar nos diretores, atores e técnicos de ponta.
Essas mudanças fazem muito mais do que encher cada um de nós de orgulho e alegria. O número de boas produções aumenta, muito mais gente vai aos cinemas, e o número de DVDs alugados e comprados também cresce.
Foi justamente pensando em um mercado escasso de boas produções brasileiras – de baixo, médio e grandes orçamentos – em home video que a distribuidora de DVDs Original Vídeo, com um catálogo composto exclusivamente de produções nacionais, foi criada.
Para Átila Szemeredi, um dos proprietários da Original, o foco é “o público que busca entretenimento, educação, informação, cultura e conteúdo de qualidade”. Segundo o distribuidor, o reconhecimento maior do cinema nacional de hoje vem de fora do país, mas ele acredita que o número de consumidores brasileiros deve crescer cada vez mais.
O primeiro pacote da Original, já nas lojas e locadoras, é formado pelos seguintes títulos:
Além de ser um dos mais famosos e tradicionais bairros boêmios do Rio de Janeiro, a Lapa atualmente também é o ponto de encontro de MCs e do RAP.
O documentário L.A.P.A. mostra o cotidiano destes jovens que fazem da música sua razão de viver. Com depoimentos, participações especiais e muito som de Chapadão, Funkeiro, Aori, IKY, Marcelo D2, Macarrão, BNegão, Black Alien, Marechal, Buiú da 12, Gil, AirãoCrespo, Kelson, Sheep.
O documentário vai além das festas de rap, e passa pelos sambistas e boêmios clássicos da Lapa.
Aventureiros com seus dois fuscas percorrem a América do Sul e pela viagem vão conhecendo jovens que falam sobre seus olhares sobre América Latina e sobre os Estados unidos. O filme segue uma idéia que parece saída dos sonhos de Jack Kerouac ou do Che Guevara: viajar pela América, dando caronas e conversando com as pessoas comuns que passam pelo caminho.
Caroneiros investiga o conhecimento e a informação que os jovens tem (ou não tem) a respeito de seus países vizinhos, e o que eles pensam sobre os EUA. Uma investigação feita ao longo dos 18 mil quilômetros de Chile, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, em 72 dias de viagem, dentro de dois fuscas que davam caronas a pessoas que toparam falar sobre suas impressões.
Casa Rosa foi o prostíbulo mais famoso do Rio de Janeiro no século 20. Em 1991, encerrou suas atividades e, quatro anos depois, reabriu como um espaço cultural, onde se realizam festas, eventos e shows musicais. Centenas de jovens passaram a freqüentar o local todo fim de semana. Em 2004, o cineasta Gustavo Pizzi, freqüentador assíduo das festas, convidou algumas pessoas que conheceram a casa como prostíbulo a revisitar o lugar. Antigos clientes, funcionários e Ivanilda, uma prostituta de 65 anos, que trabalhou na casa quando tinha 17 e, desde então, nunca mais havia voltado para lá. Durante a visita, fala-se de memória, moral e negociação.
Faxineiro de uma escola encontra um tijolo de maconha debaixo de uma carteira da 4ª série B de um colégio tradicional. Uma professora, o diretor, o zelador e 15 pais se reúnem para discutir o problema: o que fazer ao encontrar drogas com um aluno de 10 anos? Acusações, intrigas e muitas revelações vêm à tona, enquanto cada um deles tenta proteger a própria família.
Entre os outros lançamentos previstos pela distribuidoras estão títulos como A Hora da Estrela, de Suzana Amaral; O Quinze, de Jurandir de Oliveira; O Homem que Virou Suco, de João Batista de Andrade; Esses Moços, de José Araripe Jr., e Os Incuráveis, de Gustavo Acioly.
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