Drama
Direção: Leon Hirszman
Elenco: Othon Bastos, Nildo Parente, Isabel Ribeiro, Vanda Lacerda, Joffre Soares, Mário Lago, Rodolfo Arena
Roteiro: Graciliano Ramos (romance), Leon Hirszman
Duração: 113 min.
Minha nota: 8/10
Quem assistiu a uma cópia anterior de São Bernardo mal pode acreditar no que está sendo projetado na tela branca. Depois de vários meses editando todo o filme os irmãos Lauro e Eduardo Scorel, que também participaram do projeto original, fazem os cinéfilos viverem uma das experiências mais incríveis na sala escura.
O filme traz ao cinema o livro homônimo de Graciliano Ramos. Paulo Honório é um homem que não tinha nada mas, com o tempo, vai melhorando de vida até atigir seu objetivo máximo: comprar a fazenda São Bernardo e tranformá-la em seu próprio castelo.
Os enquadramentos de Hirszman, realçados pela fotografia de Lauro Scorel são pontos altos do filme e transformam a sessão em uma espécie de aula de como fazer cinema para um público completamente envolvido pela história contada.
A edição do filme, assinada por Eduardo Scorel é segura e, consegue trabalhar com momentos contemplativos, sem torná-los chatos e respeita o andar lento de uma história rural de Graciliano Ramos sem oscilar.
O elenco também está ótimo e a atuação de Othon Bastos como o impulsivo e grosso Paulo Honório é inesquecível.
A única coisa que incomoda é a trilha sonora. Assinada por Caetano Veloso, ela começa bem, mas repetitiva, acaba cansando os espectadores. Tanto que em uma das cenas ela é cortada pelo barulho de máquinas algodoeiras e o som mecânico é um alívio para os ouvidos.
Daqueles filmes que merecem ser vistos por todos. Cinéfilos, cineastas e apreciadores da sétima arte não podem perder de jeito nenhum.
Um Grande Momento
Madalena sai da igreja.
Prêmios e indicações (as categorias premiadas estão em negrito)
Festival de Berlim: Recomendação
Gramado: Filme, Ator (Othon Bastos), Fotografia (Lauro Scorel)
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