Sexta-Feira 13

(Friday the 13th, EUA, 2009)
Terror
Direção: Marcus Nispel
Elenco: Jared Padalecki, Danielle Panabaker, Amanda Righetti, Travis Van Winkle, Aaron Yoo, Derek Mears, Jonathan Sadowski, Julianna Guill
Roteiro: Victor Miller (personagens), Damian Shannon, Mark Swift, Mark Wheaton
Duração: 97 min.
Nota: 1 Em tempos de falta de criatividade, não são só adaptações de histórias em quadrinhos que pipocam nas telas do mundo. As refilmagens, com direito ou não de releituras, estão mais na moda do que nunca. Uma simples constatação de que algum título tenha tido sucesso e feito público já é suficiente para mobilizar várias pessoas a recriá-lo.

Entre filmes não-estadunidenses, comédias familiares e outros, o terror slasher, característico dos anos 80, também está de volta. A Platinum Dune, companhia criada por Michael Bay, Brad Fuller e Andrew Form, é uma das principais envolvidas nas mal-sucedidas tentativas de resgate.

Entre os títulos da produtora estão O Massacre da Serra Elétrica, Horror em Amityville, A Morte Pede Carona e A Hora do Pesadelo. Ainda que baseados em obras já fracas, nenhuma das refilmagens conseguiu superar os originais e enfureceu fãs pelo mundo.

Sexta-Feira 13 também segue a mesma trilha de frustração ao recontar a história de um dos assassinos seriais mais célebres do cinema, Jason Voorhes. O menino morto no acampamento Crystal Lake, por descuido de monitores, que volta à vida após a morte de sua mãe louca.

A história é a mesma de tantas outras da franquia Sexta-Feira 13. Um grupo de adolescentes sem nada na cabeça vai a Crystal Lake para curtir o fim de semana e acaba sendo vítima de mais uma matança da criatura por trás da máscara de hóquei.

Diferente do primeiro título da franquia, a história contada não tem nada a ver com a primeira morte de Jason e com a loucura de sua mãe me busca de vingança pelo descuido dos monitores do acampamento. Nesta versão, o assassino já é o responsável pelas mortes desde o início.

Com tudo fora do lugar, o filme não consegue surpreender em nada. É cansativo, dispersivo e pode ser facilmente esquecido assim que os letreiros começam a subir. As atuações são de dar vergonha e nem mesmo as mortes conseguem surtir o efeito desejado em quem assiste ao filme.

O roteiro é absurdo e cheio de frases desnecessárias como “na próxima encarnação quero voltar como o botão do bolso de trás do short dela” ou “seus mamilos são tão simétricos, baby”. Sem falar na história, que poderia ter sido facilmente escrita por Uwe Boll em uma noite de bebedeira, no guardanapo de um bar qualquer.

Quando o filme acaba a sensação é a de perda de tempo e de energia. Nada foi acrescentado e, para quem assistiu aos filmes originais, fica aquela sensação de “que diabos aconteceu aqui?”

Daquelas experiências que a gente só passa por necessidade ou quando está sob tortura.

E, com mais essa mancha na lista de produções da Platinum Dune, fica difícil acreditar em qualquer título produzido por eles. Ainda bem que as negociações para a refilmagem de O Bebê de Rosemary desandaram e agora só falta torcer para que as de Os Pássaros deem errado também.

Um Grande Momento

Inexiste.

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