Drama
Direção: Rosemberg Cariry
Elenco: Adilson Maghá, Everaldo Pontes, Erotilde Honório, Majô de Castro, Juliana Carvalho, Richele Viana
Roteiro: Rosemberg Cariry
Duração: 90 min.
Minha nota: 7/10
Misture o cinema do diretor e pintor inglês Peter Greenaway ao teatro do diretor espanhol Moncho Rodriguez e você vai chegar bem perto do que é Siri-Ará, de Rosemberg Cariry.
Com fotografia de Pedro Urano, que aproveita cada bela paisagem natural do sertão, conhecemos a busca de Cioran, um recém-chegado do exílio na França, que refaz todos os passos de sua história.
O filme é cheio de significados e mensagens, mas com seu ritmo lento e mais sensorial, não agrada a todo tipo de público. Muitos foram os que saíram no meio da sessão ou ficaram conferindo os relógios. Mas o filme, se visto com calma e disposição, tem muito a dizer.
Os atores são excelentes e carregam consigo a mesma marca teatral que distingue os artistas nordestinos dos demais.
A trilha sonora de Liduíno Pitombeira (densa como dizia a legenda eletrônica para surdos) é perfeita para a história e o local.
Toda a composição e significados fazem o filme valer a pena. Mas não dá para ver sem um aviso prévio de que várias mastigadas serão necessárias para digerir o que está por vir.
O sono não pode estar por perto.
Um Grande Momento
A oferta da eternidade
Prêmios e indicações (as categorias premiadas estão em negrito)
Festival de Brasília: Ator Coadjuvante (Everaldo Pontes), Atriz (Elenco Feminino), Atriz Coadjuvante (Elenco Feminino)