Drama
Direção: Floria Sigismondi
Elenco: Kristen Stewart, Dakota Fanning, Michael Shannon, Stella Maeve, Scout Taylor-Compton, Alia Shawkat, Riley Keough, Johnny Lewis, Tatum O’Neal
Roteiro: Cherie Currie (livro), Floria Sigismondi
Duração: 106 min.
Nota: 5 Em 1975, o produtor musical Kim Fowley mudou a história da música ao investir em uma banda de rock diferente daquelas que faziam o sucesso até então. Com a guitarrista Joan Jett e a baterista Sandy West em sua formação, The Runaways, a primeira banda exclusivamente de mulheres, conquistou fãs pelo mundo todo, apesar da carreira meteórica.
O filme, inspirado na biografia da vocalista da banda, Cherie Currie, é um retrato da criação desse mito do rock e de todos os seus excessos e até poderia fluir bem nas mãos da diretora Flora Sigismondi, uma especialista em música, mas fica no meio do caminho.
A história interessante perde pontos ao não ir mais fundo em suas personagens. O retrato superficial cria uma sensação de que apenas o uso de drogas e a descoberta sexual são importantes, deixando o mais interessante da história para ser pesquisado depois pelos espectadores mais curiosos.
Ainda que a banda fosse formada por cinco meninas, pelo filme, só duas parecem ter tido alguma importância para a história, como demonstra a escolha do elenco que, apesar de vender bem em um momento de idolatria insana, não ajuda muito.
Se Cherie Currie, uma das integrantes mais polêmicas e, no caso, dona da história, está muito bem entregue à sempre boa Dakota Fanning; Joan Jett fica meio travada e inexpressiva nas mãos da sensação do momento Kristen Stweart, ainda que a atriz mostre uma capacidade interpretativa muito maior do que a apresentada em filmes como os da saga Eclipse. No elenco de apoio quase não se notam as outras meninas e sobra espaço para Michael Shannon, que abusa dos trejeitos para viver o excêntrico Kim Fowley.
Enquadramentos experimentais, desvios de roteiro e a duração de algumas cenas também incomodam. Passagens musicais, já que se trata de uma história de banda de rock, também poderiam estar mais presentes no resultado final.
The Runaways acaba sendo um título que não consegue aproveitar bem a boa história que tem e se perde entre as facilidades de qualquer produção sobre o mundo da música, sempre muito cheio de sexo e drogas.
Daqueles filmes para se ver sem grandes compromissos e para sair do cinema sabendo um pouco, só um pouco, mais sobre a banda de rock que o inspirou.
Um Grande Momento
Nenhum momento em especial chamou a minha atenção.
Links
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