Toy Story 3

(Toy Story 3, EUA, 2010)

Aventura/Infantil
Direção: Lee Unkrich
Roteiro: Michael Arndt, John Lasseter, Andrew Stanton, Lee Unkrich
Duração: 103 min.

Nota: 10 Em 1995 fomos apresentados a um grupo de bonecos encantador. O cowboy Woody e o astronauta Buzz disputavam o posto de brinquedo favorito do pequeno Andy e muitos outros bonecos faziam parte das histórias fantásticas da criança.

Além de todo o carisma dos personagens e a inquestionável qualidade técnica da animação, Toy Story conta ainda com as memórias dos mais velhos e a realidade dos pequenos. Toda criança gosta de brincar, de brinquedos, de inventar histórias e, pelo menos uma vez, já imaginou que seus bonequinhos poderiam ganhar vida quando ninguém estivesse olhando.

O sucesso do primeiro filme redeu uma continuação quatro anos depois e trouxe novos brinquedos para a turma. O fato de ser uma sequência deixou muita gente com medo antes da estréia, mas a nova história dos brinquedos surpreendeu e encantou do mesmo jeito .

Agora, depois de quinze anos da estréia da turma, a Pixar resolveu que deveria levar novamente os personagens à telona e, desta vez, aproveitando a tecnologia 3D.

O tempo passou também para Andy, que agora se prepara para ir à faculdade e precisa limpar seu quarto. Isso inclui decidir o que fará com seus antigos brinquedos, hoje já esquecidos dentro de um baú no canto do quarto.

Eles acabam indo parar, por engano, em uma creche e lá conhecem novos brinquedos e se sentem aliviados por estarem próximos a crianças novamente. Mas as coisas vão se complicar.

Como de costumes, entramos na história através de mais uma aventura dos personagens com duelos entre os mocinhos Woody, Buzz e Jessie e os bandidos Cabeça de Batata, sua esposa e Porco; acidentes de trem; macacos e muitas outras coisas. Rever cada um dos personagens em ação, naquele mundo de fantasia que Andy criou, emociona cada vez que um aparece.

O passar do tempo é registrado pela filmadora da mãe e percebemos que as coisas mudaram logo na primeira tentativa de atrair a atenção do dono. Como uma história que já conhecemos há muito tempo, sabemos o que vai acontecer e é impossível não torcer para que tudo fique bem.

A construção da história é eficiente e o público é cativado a cada minuto que passa. O roteiro trabalha muito bem com a expectativa de cada um e é preciso ao alternar o humor, o suspense, o drama e até mesmo o romance.

Com as emoções todas à flor da pele é impossível resistir ao encanto e não se render a tudo que acontece na tela. De alguma maneira, a história daqueles brinquedos e da recém terminada infância de Andy é vivida como se fosse a história de cada um dos que estão na sala. E, como na vida real, a cada momento de partida e despedida, comove mais.

Tecnicamente o filme é perfeito, como são perfeitas todas as produções da Pixar. Imagens impressionantes, um trabalho de luz e cor sensacional e movimentos ainda mais apurados chamam a atenção. O uso do 3D, perto de outros filmes recentes, é discreto mas eficiente e ganha pontos nos detalhes.

A trilha sonora, de Randy Newman, é uma das muitas ligações com os filmes antigos e, mais uma vez, consegue traduzir cada um dos sentimentos.

Bem construído e bem finalizado, o filme chega muito perto da perfeição e consegue, surpreendentemente, superar os dois que o antecederam.

Ainda assim, talvez não seja tão universal, pois os pequenininhos podem não se render tanto à história e oscilar entra a incompreensão de certos sentimentos e o medo de passagens assustadoras demais para a idade.

Mas é obrigatório para todos que viram os outros filmes e que já foram criança alguma vez na vida. E já vai o aviso: um lencinho pode ser necessário nos últimos minutos.

Um Grande Momento

Dando as mãos.

Oscar 2011
Melhor Animação, Melhor Canção (We Belong Together)

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