Pela primeira vez sob a direção artística de uma mulher, Sara Rocha, o 55º Festival de Brasil do Cinema Brasileiro volta ao formato presencial mostrando sua força, com uma seleção variada e marcante. Embora em formato mais enxuto – nesta edição o evento se concentrará em uma semana, de 14 a 20 de novembro –, o público brasiliense poderá conhecer um recorte curioso do que de mais novo foi produzido no cinema nacional e, em especial, local, seja nas mostras competitivas ou nas mostras paralelas.
O anúncio da programação aconteceu hoje (26), no Cine Brasília, e contou com a presença de Rocha e do secretário de cultura do Distrito Federal, Bartolomeu Rodrigues. Enquanto este destacou a força histórica do festival e fez questão de ressaltar sua relevância para a cidade, a diretora artística, embora tenha deixado claro a relevância do formato online, comemorou a volta do festival a seu formato original. Para ela, “o retorno ao presencial é, de fato, uma centelha fundamental que traz essa energia que precisamos depois dos anos que vivemos no Brasil e no mundo. É muito importante receber de novo os realizadores do Brasil em Brasília, no Cine Brasília, nessa casa tradicional do cinema brasileiro e também brasiliense”.
Além das exibições, o festival ainda vai contar com o retorno do Ambiente de Mercado, além de oficinas on-line de Assistência de Direção, Distribuição e Comercialização, Desenvolvimento de Roteiro para Webseries, Treinamento de atuação para cinema, além de uma formação em jogos digitais apresentada pela Associação dos Desenvolvedores de Jogos Eletrônicos do Distrito Federal (Abring). Os interessados podem se inscrever no site do festival.
Neste ano, a reconstrução de políticas do audiovisual brasileiro é um dos pontos que ganhou muita atenção da organização, que manteve a marca histórica de seis longas e doze curtas nacionais. A Mostra Brasília retorna a seu lugar de destaque, desta vez com o incremento do aporte da Câmara Legislativa do DF.
A comissão de seleção de longas foi formada pelo crítico de cinema André Dib, o cineasta e curador Erly Vieira Jr, a curadora e produtora Rafaella Rezende e a pesquisadora Janaína Oliveira. A de curtas foi composta pelo jornalista e pesquisador Adriano Garrett, a programadora e produtora Bethania Maia, a curadoras e realizadoras Camila Macedo e Flavia Candida, a atriz e roteirista Julia Katharine e o pesquisador e curador Pedro Azevedo.
Confira a lista completa de filmes:
Mostra Competitiva Nacional – Longas
Mato seco em chamas (DF)
Direção: Adirley Queirós e Joana Pimenta
Espumas ao vento (PE)
Direção: Taciano Valério
Rumo (DF)
Direção: Bruno Victor e Marcus Azevedo
Mandado (RJ)
Direção: João Paulo Reys e Brenda Melo Moraes
Canção ao longe (MG)
Direção: Clarissa Campolina
A invenção do outro (SP/AM)
Direção: Bruno Jorge
Mostra Competitiva Nacional – Curtas
Big bang (MG/RN)
Direção: Carlos Segundo
Ave Maria (RJ)
Direção: Pê Moreira
Nossos passos seguirão os seus… (RJ)
Direção: Uilton Oliveira
Anticena (DF)
Direção: Tom Motta e Marisa Arraes
Calunga maior (PB)
Direção: Thiago Costa
Sethico (PE)
Direção: Wagner Montenegro
Escasso (RJ)
Direção: Encruza – Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles
São Marino (SP)
Direção: Leide Jacob
Capuchinhos (PE)
Direção: Victor Laet
Nem o mar tem tanta água (PB)
Direção: Mayara Valentim
Um tempo para mim (RS)
Direção: Paola Mallmann de Oliveira
Lugar de Ladson (SP)
Direção: Rogério Borges
Mostra Brasília – Longas
Capitão Astúcia
Direção: Filipe Gontijo
Profissão livreiro
Direção: Pedro Lacerda
Afeminadas
Direção: Wesley Godim
O pastor e o guerrilheiro
Direção: José Eduardo Belmonte
Mostra Brasília – Curtas
Desamor
Direção: Herlon Kremer
Super-Heróis
Direção: Rafael de Andrade
Plutão não é tão longe daqui
Direção: Augusto Borges e Nathalya Brum
Manual da pós-verdade
Direção: Thiago Foresti
Tá tudo bem
Direção: Carolina Monte Rosa
Virada de jogo
Direção: Juliana Corso
Levante pela Terra
Direção: Marcelo Cuhexê
Reviver
Direção: Vinícius Schuenquer
Sessões especiais
Quando a coisa vira outra (DF)
Direção: Marcio de Andrade
Diálogos com Ruth de Souza (SP)
Direção: Juliana Vicente
Mostra Reexistências
O cangaceiro da moviola (MG/RJ)
Direção: Luís Rocha Melo
Não é a primeira vez que lutamos pelo nosso amor (RJ)
Direção: Luis Carlos de Alencar
Uýra – A retomada da floresta (AM)
Direção: Juliana Curi
Cordelina (PB)
Direção: Jaime Guimarães
Mostra Festival dos Festivais
A filha do palhaço (CE)
Direção: Pedro Diógenes
Três tigres tristes (SP)
Direção: Gustavo Vinagre
Fogaréu (GO)
Direção: Flávia Neves
Homenagem Jorge Bodanzky
Distopia utopia
Direção: Jorge Bodanzky
Compasso de espera
Direção: Antunes FIlho
Amazônia, a nova Minamata?
Direção: Jorge Bodanzky