(The Call, EUA, 2013)
Direção: Brad Anderson
Elenco: Halle Berry, Abigail Breslin, Morris Chestnut, Michael Eklund, Roma Maffia, Michael Imperioli, David Otunga, José Zúñiga, Denise Dowse
Roteiro: Richard D’Ovidio, Nicole D’Ovidio e Jon Bokenjamp
Duração: 94 min.
Nota: 6
Desde os primeiros minutos você já imagina o que vai acontecer em Chamada de Emergência, mas a previsibilidade não impede o filme de ser envolvente do começo ao fim.
Jordan Turner (Halle Barry) é uma veterana da central de atendimento 911. Seu trabalho é registrar diversas solicitações, fazer os primeiros atendimentos e direcionar as demandas aos órgãos responsáveis. Depois de um evento traumático ela é afastada de suas funções e passa a trabalhar no local como instrutora. Em uma demonstração a seus alunos, precisa intervir no atendimento de uma novata e atende à ligação de uma jovem sequestrada. A situação é semelhante àquela que causou seu afastamento e, enquanto a polícia não assume o caso, Turner tenta ajudar Casey Welson (Abigail Breslin) a escapar do sequestrador.
Chamada de Emergência é eletrizante. O diretor Brad Anderson intercala bem cenas de ação e suspense e consegue criar um filme que prende a atenção. Os melhores momentos acontecem numa auto-estrada enquanto o vilão Michael Foster (Michael Eklund) tenta transportar sua vítima escondida no porta-malas do carro. As cenas são tão carregadas de tensão, que o espectador, mesmo prevendo o desfecho da história, fica apreensivo. Os muitos momentos angustiantes, apesar de não fugirem do lugar comum, são bem executados.
Ainda que fique nítida a falta de um melhor desenvolvimento dos personagens, Halle Barry está bem na pele da atendente que precisa se convencer de que é capaz de solucionar o caso, mas não consegue se distanciar o bastante para isso, e a jovem Abigail Breslein, apesar de muito marcada pela necessidade de uma atuação histérica, também cumpre bem o seu papel. O grande problema do filme acaba sendo Michael Foster. O vilão criado por ele é caricato e pouco crível e chama mais atenção pelos trejeitos exagerados do que pela psicopatia.
Além disto, há alguns problemas no roteiro, como a motivação do sequestrador e o apelo para uma solução milagrosa quando a trama entra em um beco sem saída. Sem falar na cena final, totalmente desnecessária.
Mas acredite, mesmo com todos esses deslizes, a proposta do filme não fica comprometida. Chamada de Emergência é um thriller eficiente, que garante ao espectador 94 minutos de muita tensão e bom entretenimento.
Um Grande Momento:
As cenas dentro do porta-malas.
Links
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