(Amazonia, BRA/FRA, 2013)
Direção: Thierry Ragobert
Roteiro: Thierry Ragobert
Duração: 83 min.
Nota: 4
Filme de abertura do Festival do Rio 2013 e de encerramento do Festival de Veneza deste ano, a coprodução franco-brasileira Amazônia parte de uma premissa curiosa: a interação de um elemento ficcional com a floresta em imagens documentais.
O elemento ao qual me referi é um macaco prego, sobrevivente de uma queda de avião, que tem de reconhecer e aprender a viver em um novo habitat. É através do ponto de vista dele que o espectador se depara com o deslumbre de cores, sons e movimentos da floresta.
Sem usar o recurso da narração em off, o filme se distancia dos documentários sobre a natureza feitos para a televisão, mas também se torna cansativo por reutilizar ininterruptamente o recurso do ponto de vista do macaco para poder inserir a natureza do local em contraplano.
O filme, que deve agradar mais às crianças, aproveita para dar sua mensagem ecológica, mas de uma forma torta, ao apresentar uma criança de feições indígenas em uma área de desmatamento. É uma cena que cria grande mal-estar.
Propagado como maior produção já rodada na Amazônia, tem o 3D como um de seus chamarizes, mas o recurso, usado principalmente para dar profundidade de campo aos cenários, parece subutilizado. A música de Bruno Coulais, entretanto, consegue dar algum ritmo, ainda que seja excessiva em alguns momentos.
O resultado é muito aquém do esperado para um projeto tão ambicioso.
Um Grande Momento:
A interação engraçadinha entre o macaco e uma cobra.
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