Começou hoje (14) o mais importante e mais longevo festival de cinema brasileiro do país. Apesar da menor duração, o 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro está de volta com uma programação rica e cheia de novidades. As atividades já começaram nesse primeiro e seguem ocupando a agenda até o próximo dia 20 de novembro.
Pela primeira vez sob a direção artística de uma mulher, Sara Rocha, o festival está de volta ao formato presencial depois de dois anos acontecendo em formato online. As exibições acontecerão no Cine Brasília, importante palco do cinema nacional, e nos Complexo Cultural de Planaltina e no Complexo Cultural Samambaia, já parte da programação, como os debates dos filmes, ocupará o Hotel Grand Mercure Brasília.
Atividades formativas abriram o festival. Com turmas formadas previamente mediante inscrições, aconteceram hoje de forma remota as primeiras aulas das oficinas de “Assistência de direção” com Marianne Macedo e “Distribuição e comercialização” com Maíra Bianchini. O 55º Festival de Brasília ainda promoverá as ações “Oficina de desenvolvimento de roteiro para webséries”, “Treinamento de atuação para cinema” e “Jogos eletrônicos: onde, como e quanto? Estratégias de financiamento para games com Abring”.
O Ambiente de Mercado, presencial, também já começou as atividades, como ação preparatória e obrigatória para os Pitchings Abertos, a “Clínica de Projetos com Krishna Mahon – Tudo o que você precisa saber para vender seu projeto de doc, filme ou série”.
Duas masterclasses também estão programadas: com o diretor de arte Andrey Hermuche e o cineasta José Eduardo Belmonte.
Discutir o cinema
Além do ver e do fazer, discutir o cinema e a política do audiovisual também são pauta no 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que reservou um espaço especial para encontros setoriais. Ainda hoje acontecem o Encontro Nacional de Festivais de Cinema, que discutirá políticas voltadas para incentivo, fomento e continuidade de festivais de cinema por todo o Brasil; e o Encontro do Conne – Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste, que quer discutir a força das narrativas audiovisuais fora do eixo Rio-SP e debater políticas públicas que promovam a nacionalização da produção audiovisual brasileira.
Nos próximos dias, conferências debaterão sobre a reconstrução do cinema brasileiro e a recuperação do setor audiovisual e políticas públicas. Haverá ainda encontros como o do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro, o encontro nacional de diretores de arte e da imprensa especializada, e sobre o olhar feminino no cinema brasileiro.
Muitos filmes
Nas telas do 55º Festival de Brasília, o cinema brasileiro chega cheio de força e diversidade, fazendo um recorte do que de mais novo a nossa produção tem para mostrar, mesmo com todo o obscurantismo e todas as limitações que foram imposta à nossa cultura nos últimos anos. A seleção traz filmes que debatem questões políticas, sociais e de identidade, que falam do hoje e do ser humano.
Confira a lista completa de selecionados aqui:
Mostra Competitiva Nacional – Longas
Mato seco em chamas (DF), de Adirley Queirós e Joana Pimenta
Espumas ao vento (PE), de Taciano Valério
Rumo (DF), de Bruno Victor e Marcus Azevedo
Mandado (RJ), de João Paulo Reys e Brenda Melo Moraes
Canção ao longe (MG), de Clarissa Campolina
A invenção do outro (SP/AM), de Bruno Jorge
Mostra Competitiva Nacional – Curtas
Big bang (MG/RN), de Carlos Segundo
Ave Maria (RJ), de Pê Moreira
Nossos passos seguirão os seus… (RJ), de Uilton Oliveira
Anticena (DF), de Tom Motta e Marisa Arraes
Calunga maior (PB), de Thiago Costa
Sethico (PE), de Wagner Montenegro
Escasso (RJ), de Encruza – Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles
São Marino (SP), de Leide Jacob
Capuchinhos (PE), de Victor Laet
Nem o mar tem tanta água (PB), de Mayara Valentim
Um tempo para mim (RS), de Paola Mallmann de Oliveira
Lugar de Ladson (SP), de Rogério Borges
Mostra Brasília – Longas
Capitão Astúcia, de Filipe Gontijo
Profissão livreiro, de Pedro Lacerda
Afeminadas, de Wesley Godim
O pastor e o guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte
Mostra Brasília – Curtas
Desamor, de Herlon Kremer
Super-Heróis, de Rafael de Andrade
Plutão não é tão longe daqui, de Augusto Borges e Nathalya Brum
Manual da pós-verdade, de Thiago Foresti
Tá tudo bem, de Carolina Monte Rosa
Virada de jogo, de Juliana Corso
Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê
Reviver, de Vinícius Schuenquer
Sessões especiais
Quando a coisa vira outra (DF), de Marcio de Andrade
Diálogos com Ruth de Souza (SP), deJuliana Vicente
Mostra Reexistências
O cangaceiro da moviola (MG/RJ), de Luís Rocha Melo
Não é a primeira vez que lutamos pelo nosso amor (RJ), de Luis Carlos de Alencar
Uýra – A retomada da floresta (AM), de Juliana Curi
Cordelina (PB), de Jaime Guimarães
Mostra Festival dos Festivais
A filha do palhaço (CE), de Direção: Pedro Diógenes
Três tigres tristes (SP), de Gustavo Vinagre
Fogaréu (GO), de Flávia Neves
Homenagem Jorge Bodanzky
Distopia utopia, de Jorge Bodanzky
Compasso de espera, de Antunes FIlho
Amazônia, a nova Minamata?, de Jorge Bodanzky
Toda a programação você pode conferir no site do 55º Festiva de Brasilia.