(The Black Dahlia, EUA, 2006)
Direção: Brian De Palma
Elenco: Josh Hartnett, Scarlett Johansson, Aaron Eckhart, Hilary Swank, Mia Kirshner, Mike Starr, Fiona Shaw, Patrick Fischler
Roteiro: James Ellroy (livro), Josh Freidman
Duração: 121 min.
Nota: 7
A história é verdadeira. Short, aos 22 anos, foi torturada por três dias, teve seu sangue drenado, todos os órgãos retirados, a boca rasgada de orelha a outra e o corpo dividido ao meio. Seu corpo foi encontrado por uma garotinha que, quando ia para a escola com sua mãe, achou ter visto uma boneca quebrada em um terreno baldio de Los Angeles. Com a descoberta do corpo de Elizabeth, a polícia local foi acionada e o caso ganhou repercussão por meses. Até hoje sem solução, a história de Elizabeth ainda é um grande mistério em Hollywood.
James Ellroy escreveu em seu livro aquilo que considerou a conclusão do crime, após anos investigando os fatos. A obsessão de Ellroy em descobrir quem teria matado Elizabeth Short é assumida na personalidade de dos amigos ex-boxeadores e policiais responsáveis pelo caso. Lee Blanchard (Aaron Eckhart) e Bucky Bleichert (Josh Hartnett) se tornam tão fanáticos pela bela Elizabeth que isto passa a atrapalhar suas vidas.
Nas duas horas de filme, são apresentadas as histórias paralelas ao assassinato: Bleichert se vê em um triângulo amoroso entre o parceiro Lee Banchard e sua esposa Kay Lake (Scarlett Johansson), e ainda se envolve com Madeleine Linscott (Hilary Swank), que conheceu Elizabeth Short e por isto é suspeita.
Elizabeth nos é apresentada apenas pelas gravações de seus testes para filmes, e é interpretada brilhantemente por Mia Kirshner, além de ser impressionante a sua semelhança com a verdadeira. Referências à jovem assassinada podem ser encontradas nas outras personagens femininas. A Madeleine de Hilary Swank é uma moça de cabelos pretos que gosta de usar roupas da mesma cor, assim como Elizabeth, que recebeu dos jornais da época a alcunha de dália negra por este motivo. A sensualidade, também um dos traços da verdadeira Elizabeth, sempre elogiada por sua beleza física fica a cargo de Johansson, que não empresta muito mais do que isto ao longa.
Os diálogos complicados e narrativas jogadas sem cuidado em explicá-las – deixando tudo para os momentos finais do filme – fazem de Dália Negra uma história densa, que impede o espectador de piscar, sob pena de perder detalhes importantíssimos. Culpa de Josh Friedman, responsável pelo roteiro e pela mágica mal sucedida de transformar um relato complexo em uma narrativa objetiva.
Por vezes confuso, porém intrigante, Dália negra não deixa de ser uma boa indicação para fãs do noir, e consegue prender a atenção do início ao fim, tendo, inclusive, as verdadeiras e chocantes fotos do corpo retalhado de Elizabeth.
A história de Elizabeth Short também inspirou o filme True Confessions, de 1981, com Robert Duvall e De Niro.
Um Grande Momento
A cena final, peça chave, pode passar despercebida para os menos atentos e dar a sensação de um filme sem final.
Links
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Como um filme noir esse filme fracassou em todos os aspectos. Mas ele entretem, o que já é alguma coisa. Se for pra assistir algum filme “noir” mais moderno fico com Chinatown, que representa o gênero de maneira melhor.
Mesmo gostando do cinema do Brian De Palma, para mim esse é seu filme menos eficiente – apesar de alguns aspectos interessantes.