(Real Steel, EUA, 2011)
Direção: Shawn Levy
Elenco: Hugh Jackman, Dakota Goyo, Evangeline Lilly, Anthony Mackie, Kevin Durand, Hope Davis, James Rebhorn, Marco Ruggeri
Roteiro: Richard Matheson (conto), John Gatins, Dan Gilroy, , Jeremy Leven
Duração: 127 min.
Nota: 6
Sabe aquele filme que após 5 minutos já se consegue prever o final? Este é o caso de Gigantes de Aço, um dos indicados ao Oscar de 2012 por seus efeitos especiais. A história é bem simples: no mundo de 2020, as lutas de boxes entre humanos são proibidas. Para o deleite do público, que adora um bom combate, agora são os robôs quem comandam os ringues. Charlie Kenton (Hugh Jackman) é um ex-lutador falido que investe toda sua experiência nos robôs; o que, diga-se de passagem, ajuda a afundá-lo ainda mais nas dívidas. Kenton corre entre uma luta e outra para conseguir uns trocados até que, após a morte da mãe, reaparece Max (Dakota Goyo), o filho que ex-lutador negligenciava a presença.
Dá pra adivinhar o que vem depois disso, não é? Sim, a velha fórmula clichê hollywoodiana está pronta: o pai que ignorava o filho é “obrigado”, por circunstâncias um tanto forçadas, a tomar conta do garoto que também não que ficar com ele. Lutas de robôs com direito até a uns passinhos de dança desajeitados (o que poderia render uma das melhores cenas do filme, mas perde o ritmo). E, por fim, muitas cenas de amor fraterno e a ideia de que todos merecem uma segunda chance.
O que salva Gigantes de Aço é justamente o que rendeu a sua indicação ao Oscar deste ano: as vibrantes cenas de luta entre os robôs, como as da luta com um touro, nos minutos iniciais do filme. E tem potencial para empolgar até quem não é fã de boxe. Quando Atom, o robô principal entra em cena com seu jeito de quem tem tudo para perder (afinal, ele foi programado basicamente para apanhar e nunca revidar os golpes), logo convence do contrário e nos comove com seus olhinhos azuis que selam uma linda amizade e arrancam a admiração do seu salvador Max.
Por outro lado, a cena em que o garoto o resgata no cemitério de peças robóticas é, quiça, uma das mais forçadas do filme: como um criança de 11 anos conseguiu tirar do ferro velho um robô de mais de 1 tonelada sozinho? Não sei, também queria saber, mas a direção de Shawn Levy (de Uma Noite no Museu 1 e 2 e A Pantera Cor de Rosa) não se dá ao trabalho de explicar.
Graças ao natural entrosamento entre Jackman (o pai) e Goyo (o filho), Gigantes de Aço não se torna chato e mantém o ritmo de uma luta de boxe sem cair no marasmo e é uma boa indicação para diversão entre família. É comovente ver como o garoto Max, apaixonado por boxe como o pai, se sente empolgado e aposta todas as fichas no seu brinquedinho e novo amigo Atom, que tinha tudo para ser um perdedor como Charles Kenton.
Stallone e seu Rocky Balboa que se cuidem! Gigantes de Aço tem tudo para ser a próxima sensação da Sessão da Tarde.
Um Grande Momento
O brilho nos olhos do garoto Max ao ligar Atom pela primeira vez.
Links
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