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Mostra de Cinemas Africanos acontece em SP e na BA

As capitais de São Paulo e Bahia receberão em setembro mais uma edição da Mostra de Cinemas Africanos. A programação, com 13 longas e 16 curtas de 12 países, além de debates, masterclasses e painéis, ocupará o Cinesesc e o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc na capital paulista, de 5 a 13 de setembro; e o Cinema Glauber Rocha e a Saladearte do Museu, em Salvador, de 13 a 18 de setembro. Vários títulos são inéditos no Brasil e o destaque desta edição é o cinema do Senegal.

Entre as atrações deste ano está o drama fantástico Mami Wata (2023), de C.J. Obasi, inédito no Brasil. A fotografia em petro e branco do longa nigeriano, assinada pela brasileira Lílis Soares, foi premiada no Festival de Sundance. A trama é baseada em um mito do oeste africano. Quando um acontecimento trágico perturba a paz de uma comunidade, duas irmãs lutam para salvar sua aldeia e restaurar a glória de Mami Wata, deusa das águas. Diretor e fotógrafa estarão em São Paulo para a Mostra.

Outro ponto alto desta edição é o encontro de duas gerações de grandes realizadores do Senegal: o jovem Alassane Diago e o veterano Moussa Sène Absa, que vem ao festival com o apoio da Embaixada da França no Brasil. Serão exibidas retrospectivas do trabalho de ambos. Três filmes do documentarista Alassane Diago fazem parte da seleção, todos ainda inéditos no Brasil.

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A Mostra de Cinemas Africanos vai exibir ainda a trilogia das mulheres senegalesas de Moussa Sène Absa, que começa com o drama Tableau Ferraille (1997), sobre duas mulheres que se relacionam com um político em ascensão que deseja filhos. Segue com Madame Brouette (2002), no qual uma senegalesa luta para manter sua independência. Xalé – As Feridas da Infância (2022), que fala sobre relações familiares e tradição.

A curadoria de longas é assinada por Ana Camila Esteves e pelo cineasta e crítico nigeriano Dika Ofoma. “A nossa seleção deste ano nos deu a oportunidade de pensar em outros critérios que não levassem em conta somente as seleções dos grandes festivais”, observa Ana Camila. “Neste sentido, ficamos felizes de manter a nossa linha curatorial que privilegia títulos que muitas vezes não chegam no Brasil nem nos festivais do final do ano, muito menos nos circuitos comerciais”, conclui.

Nascida na Bahia em 2018, a Mostra de Cinemas Africanos tem circulado por diversos estados brasileiros. O recorte curatorial é voltado para filmes de curta e longa-metragem contemporâneos realizados por pessoas africanas na África e na diáspora. Além da programação de filmes, o evento traz cursos, encontros, debates e a publicação de catálogo com artigos científicos, ensaios e entrevistas, disponíveis no site oficial do festival. Com 13 edições, a Mostra já exibiu mais de 180 filmes e projetou títulos de cerca de 30 países africanos. O evento também é responsável pelo lançamento de seis publicações.

Para conhecer a programação completa, acesse o site da Mostra de Cinemas Africanos.

Redação

O Cenas de Cinema é um veículo informal e divertido que tem como principal objetivo divulgar a sétima arte, com críticas, notícias, listas e matérias especiais
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