Projeto Dinossauro

(The Dinosaur Project, GBR, 2012)

Projeto Dinossauro sofre com o que mais grave poderia afligir a um thriller que se apoia em efeitos visuais: a falta de ambição. Não chega a ser ruim como um todo, é até um passatempo divertido bem ao molde dos antigos filmes B de Hollywood (o filme é inglês), que provavelmente vai existir nas sessões vespertinas da televisão. E parece se contentar com seu destino.

O argumento se ampara em dois clichês de gênero das duas últimas décadas do cinema: o uso dos dinossauros como tema e do found footage como linguagem. Uma combinação no mínimo exótica (o norueguês O Caçador de Troll, porém, é imbatível no quesito originalidade em found footage – filmes que se amparam na idéia de que existem a partir de gravações supostamente encontradas) que é segurada com os dinossauros devorando um a um os membros do elenco de desconhecidos.

A trama é sobre um grupo de aventureiros que vai à África após relatos da existência de animais de espécie desconhecida que estariam dizimando aldeias remotas e que poderiam ser o chamado elo perdido com o passado. O filme também não deixa de explorar uma subtrama envolvendo a relação entre pai e filho adolescente que não se entendem e que, obviamente em um momento de tensão, acertarão os ponteiros da relação.

O que realmente irrita no filme é a necessidade do diretor Sid Bennett, oriundo da televisão, reiterar a todo o momento que tudo que o espectador vê é um material encontrado, e haja telas pretas, pixelagem e ruídos. Porém, Bennett “esquece” da proposta de vez em quando e se utiliza de decupagem de filme clássico-narrativo.

Faz quase vinte anos que O Parque dos Dinossauros aportou aos cinemas de forma revolucionária. E ainda é paradigma em filmes que tratam do tema.

Um Grande Momento

Quando o adolescente faz amizade com um dinossauro amistoso.

Links

IMDb[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=-FgZUBxwPuE[/youtube]