Direção: Mark Webber
Elenco: Mark Webber, Isaac Love, Tim Dowlin, Diana Peña, Amanda Seyfried, Jason Ritter, Michael Cera, Smyth Campbell, Jocelin Donahue, Aubrey Plaza, Shannyn Sossamon
Roteiro: Mark Webber
Duração: 90 min.
Nota: 6
(The End of Love, EUA, 2012)
Em seu mais novo trabalho o jovem ator Mark Webber divide-se entre as funções de protagonista, diretor, roteirista e produtor. Exibido no Festival de Sundance deste ano, O Fim do Amor chegou ao Brasil através da 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
A história não é das mais originais, um pai viúvo lida com o desafio de cuidar do filho. Webber é Mark, um ator desempregado que vive da ajuda dos amigos, enquanto realiza testes de elenco. Ele perdeu a companheira recentemente e dedica grande parte do seu tempo aos cuidados com Issac, seu filho de dois anos. Passeios ao parque, visitas ao cemitério, idas a sorveterias (ou qualquer outra loja de guloseimas) fazem parte da rotina de pai e filho.
Enquanto Issac fala sem parar e esbanja carisma, Mark faz é calado e tem expressões contidas. É este o recheio da trama: o contraste entre a vivacidade da criança e a melancolia do pai. Mark é o grande “órfão” da história, um carente de afeto e de rumo.
O Fim do Amor conta com participações especiais dos atores da nova geração Jason Ritter, Michael Cera e Amanda Seyfried, que interpretam versões deles próprios no filme. Ritter e Cera atuam como amigos íntimos de Mark e Seyfried é parceira de cena num teste para atores.
Dirigir crianças não deve ser uma tarefa fácil, mas o resultado com Isaac é sensacional. Ele é o dono das cenas. Precisa-se levar em conta que eles são pai e filho na vida real, estão em um ambiente familiar durante as gravações e vivem personagens que têm seus próprios nomes, tudo isso pode ter facilitado o trabalho de Webber na condução do pimpolho, mas este fato não diminui o brilho de Issac.
O filme pode ser considerado piegas e usa mesmo uma série de clichês com a intenção de arrancar lágrimas da audiência e abusa do carisma da criança mas, apesar dos apelos, tem coisas interessantes. O roteiro foge da caricatura de um personagem inconformado e revoltado e prefere focar, mesmo com falhas, em alguém que está aprendendo a se resignar diante das negativas da vida.
Sem maiores pretensões, O Fim do Amor é um bom filme, que vai agradar os apreciadores de dramas familiares com crianças fofas.
Um Grande Momento
Isaac.
Links
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