O Magnata

(O Magnata, BRA, 2007)

Drama

Direção: Johnny Araújo

Elenco: Paulo Vilhena, Rosane Mulholland, Maria Luisa Mendonça, Chico Díaz, Marcelo Nova, Marcos Mion, Chorão, João Gordo, Tiririca

Roteiro: Chorão

Duração: 100 min.

Nota: -1/10

Um filme assinado pelo problemático Chorão e estrelado pelo também bad boy Paulo Vilhena, não poderia mesmo dar grande coisa. Apesar da clara mensagem: “não veja”, o trailer até que continha alguns momentos interessantes e, por isso, falei que algum dia, quem sabe, conferiria o resultado.

Fui pegar um filme para o Rodrigo assistir com um coleguinha que estava lá em casa e dei de cara com a pérola. Peguei sem pensar muito e voltei para casa. No dia seguinte, jogo, visitas e a caixinha do dvd ali em cima da mesa. Por que não? Sentamos todos e fomos assistir a uma das minhas piores experiências com o cinema.

Para começar, o som é péssimo. Lembra aquela época em que não existia nenhum filme com som bom por estas bandas. Para continuar, o roteiro foi escrito em um dialeto diferente, com o qual nem eu e nem os meus companheiros de tortura estamos acostumados, ou seja, um desastre total, já que não existia uma legenda para acompanharmos.

A história é ridícula. O Magnata é um jovem astro do rock imbecil e grosso, que passa a maior parte do seu tempo se drogando, roubando, transando e maltratando as pessoas. A explicação para tal comportamento é a mais batida e previsível de todas: seu pai morreu e sua mãe é uma alcóolatra. A vida do deliqüente pode mudar depois que ele conhece um menina e os dois se apaixonam, mas um erro do passado pode destruir o seu possível recomeço.

Para falar a verdade, até ouvia as músicas do Charlie Brown Jr. por considerar a qualidade técnica dos antigos músicos da banda muito boa (destaque para o baixista Champignon, excelente), mas nunca gostei do Chorão. Além de cantar mal, sua postura social e moral não merece nem um minuto da minha atenção. Para mim, ele é daquele tipo de gente que pode até existir, mas eu prefiro nem ficar sabendo. O cara é tão perdido que não há como não fazer uma relação entre o garoto problema do filme e ele.

Descrito o roteirista, vamos ao diretor que resolveu aceitar o desafio e filmar a história. Johnny Araújo é muito bom no que faz, ou seja, sabe como dirigir bem um videoclip, tanto que já foi premiado mais de uma vez no Video Music Awards, da MTV. Porém, sua estréia no cinema poderia ter sido muito melhor se tivesse escolhido uma história melhor para contar.

As atuações também são sofríveis. O único que está bem é o Chico Díaz, que tem uma participação mínima como o advogado da família do protagonista. No mais, um desfile de rostos conhecidos que tiveram o azar de passar por ali, como João Gordo, Rita Cadillac, Tiririca e Marcelo Nova. Este último, coitado, é a consciência do Magnata e aparece sempre em seqüências sem que e nem porquê, para justificar aquelas “sacadas geniais” do diretor que nunca têm nada demais.

A trilha sonora também é muito fraca e, por muitas vezes, não conseguimos entender nada que está sendo cantado. Juntando tanta coisa ruim, o filme parece existir para mostrar aos espectadores a pista de skate do Chorão, o próprio, um show do Charlie Brown Jr. e algumas bandinhas que, provavelmente, são agenciadas pelo cantor problema.

Resumindo, é um filme que não merecia nem existir. Daqueles exemplares que só servem para manchar o nome do cinema nacional.

Um saco mal amarrado de músicas ruins, manobras de skate, péssimas atuações e cenas delinqüentes. Bom para jogar no lixo.

Um Péssimo Momento

Já que o filme não tem nada de bom, vou falar do pior momento de todos. Enquanto fuma maconha com sua namoradinha e conversa com ela sobre extraterrestres, ele conta que conheceu o rei do ETs. O corte de cena é feito e, de repente, uma animação em 3d toma conta da tela. Nela, uma limosine branca vem descendo do céu e aterrissa na piscina. De dentro sai o Marcelo D2, acompanhado de duas mulheres. Muito ruim!



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