(Män som hatar kvinnor, SWE/DNK/ALE/NOR, 2009)
Direção: Niels Arden Oplev
Elenco: Michael Nyqvist, Noomi Rapace, Lena Endre, Sven-Bertil Taube, Peter Haber, Peter Andersson, Ingvar Hirdwall, Marika Lagercrantz, Michalis Koutsogiannakis, Annika Hallin
Roteiro: Stieg Larsson (romance), Rasmus Heisterberg, Nikolaj Arcel
Duração: 152 min.
Nota: 7
Em setembro de 1966, aos 16 anos, Harriet Vanger desaparece sem deixar vestígios. Quase 40 anos depois, o jornalista Mikael Blokvist é contratado pelo um magnata Henrik Vanger para escrever a história de sua família. Esta história é só uma desculpa para sua real tarefa: descobrir o que aconteceu com Harriet.
Blokvist é um jornalista brilhante, mas sofreu um grande revés em sua carreira e por isso começa a ser investigado pela hacker Lisbet Salander. Ao longo da investigação percebemos que o clã Vanger é cheio de segredos terríveis, que Salander tem um passado para lá de problemático e que Blokvist está disposto a tudo para limpar seu nome.
O filme tem tudo: intriga, assassinato, violência, fraudes milionárias, sadismo, romance, tristeza e até lágrimas, criando uma complexa teia de histórias que se fundem ao final do filme.
O diretor, Niels Arden, não se apoia em oferecer ao espectador suspeitos, mas sim em amarrar a história ao longo da trama, deixando poucas expectativas no final. O grande lance talvez seja assistir ao filme aproveitando a “viagem” sem se preocupar tanto com o destino final.
Em alguns momentos, no entanto, as peças se encaixam com muita conveniência, lembrando um episódio de CSI e levando a alguns excessos. Além disso, o filme, talvez por causa das muitas histórias do livro, acaba sendo um pouco extenso.
O grande destaque, sem dúvida, é a Lisbeth Salander, vivida com grande competência pela atriz Noomi Rapace. Salander é imprevisível, misteriosa, andrógina e apesar do tamanho é cheia de raiva e marcas, como tatuagens e piercings, para que as pessoas mantenham a distância. Ela também é vítima de sua própria vida traumática e acha melhor morrer lutando do que simplesmente se render. Outra característica intrigante é sua alta inteligência, contrastando com sua total inabilidade de manter relações interpessoais.
Num resumo: Lisbet é única. Talvez sejam muitos os adjetivos para descrevê-la, mas o espectador irá perceber durante o filme, que ela é exatamente isso: um mistura de sentimentos perturbadores e contraditórios.
Depois de falar de Salander torna-se dificil tentar falar de outros personagens, que apesar de bons, são pequenos. O Mikael Blokvist de Nyqvist é passivo e um bocado inibido algumas vezes, apesar de ser um grande sedutor. Mas de forma alguma isso interfere no desdobramento do filme. Na verdade, ele é bem próximo do personagem do livro.
A fotografia, especialmente nas paisagens geladas da ilha de Hedstad, é bela e garante uma atmosfera consistente com o suspense do filme.
Destaque também para a variedade de assuntos políticos, econômicos e sociais da Suécia, abordados por Stieg Larsson em seu livro e bem aproveitados no filme, tornando-o mais que um simples thriller, mas também uma crítica a temas polêmicos.
O filme vale por sua trama envolvente, sua fotografia gelada e dramática e pela excelente performance de Rapace.
Um ponto a ser lembrado é que há cenas de violência brutal contra mulheres e, portanto, algumas pessoas vão se sentir muito incomodadas com o filme.
Um Grande Momento
A vingança de Lisbeth.
Links
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=oGwJokKgBqI[/youtube]
O livro caiu em minhas mãos e o terminei em um final de semana. É uma leitura que vai se tornando compulsiva no decorrer do livro. Estou apostando na versão sueca do filme. Acho que os suecos tem menos pudores para retratar algumas cenas fortes do livro. Os americanos devem pasteurizar a violência e enfatizar a ação pra tornar o filme mais comercial.
‘Os Homens Que Não Amavam As Mulheres’ é um filme forte e que deixa a gente envolto num suspense, imaginando o que ainda está por vir! Vale a pena!! Eu assisti ontem e gostei demais!
Estou curiosa, parece ser ótimo. ;)
Vários comentários positivos para essa obra já a tornaram uma das que preciso ver em breve.