(The Best Years of Our Lives, EUA, 1946)
Direção: William Wyler
Elenco: Fredric March, Dana Andrews, Harold Russell, Myrna Loy, Teresa Wright, Virginia Mayo, Cathy O’Donnell, Hoagy Carmichael, Gladys George, Roman Bohnen, Ray Collins
Roteiro: MacKinlay Kantor (romance), Robert E. Sherwood
Duração: 172 min.
Nota: 6
Dirigido por William Wyler e vencedor de sete oscars, Os Melhores Anos de Nossas Vidas conta a história de três veteranos de guerra que se conhecem enquanto voltam do front e se preparam para retomar suas vidas. Ainda que com as maiores sequelas, Homer, o marinheiro que perdeu as duas mãos parece num primeiro momento o mais ansioso e otimista. Fred, um condecorado oficial da aeronáutica, e Al Stephenson parecem incertos sobre o que restou a eles.
Já em solo americano as coisas parecem mudar, Homer sente-se envergonhado com sua nova situação e teme pela reação da noiva ao vê-lo com duas “garras” mecânicas no lugar das mãos. O papel de Homer é interpretado por Harol Russel, um veterano de guerra que ganhou o Oscar de Melhor ator Coadjuvante. Com este personagem fica evidente o despreparo emocional e já naquela época a dificuldade encontrada pelos deficientes físicos na sociedade.
Fred (Dana Andrews), antes de ir para a guerra onde era responsável por lançar bombas, trabalhou apenas como atendente de uma lanchonete. Embora a farda seja repleta de medalhas de conquistas e glórias, esses méritos pouco lhe servem para retomar sua vida e principalmente manter o casamento e os caprichos de Marie sua mulher. Enquanto isso, Al (Fredric March) encontra dificuldade para se reencaixar como patriarca, posto que seus filhos já estão crescidos e a realidade econômica de sua família agora é outra.
São personagens de diferentes classes sociais, com diferentes conflitos e reações diante desses. Uma sociedade despreparada para receber os seus “heróis” de guerra e estes decepcionados por ver a frieza com que seus “feitos” são recebidos.
Produzido em 1946, um ano após o final da segunda guerra mundial, Os Melhores Anos de Nossas Vidas mostra-se maduro e atual, mesmo tendo sido feito tão próximo dos eventos que o inspiraram. William Wyler, diretor do épico Ben-Hur, aqui se concentra nas minúcias de dramas pessoais. As grandes batalhas, as multidões, os exércitos já se dissiparam, o campo de batalha agora é outro, bem próximo ao peito de cada personagem, um lugar pequeno e talvez inatingível.
Um Grande Momento
O casamento de Homer.
Links
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