Pantera Negra

(Black Panther, EUA/RSA/KOR/AUS, 2018)
Ação
Direção: Ryan Coogler
Elenco: Chadwick Boseman, Michael B. Jordan, Lupita Nyong’o, Danai Gurira, Martin Freeman, Daniel Kaluuya, Letitia Wright, Winston Duke, Sterling K. Brown, Angela Bassett, Forest Whitaker, Andy Serkis
Roteiro: Stan Lee, Jack Kirby (HQ), Ryan Coogler, Joe Robert Cole
Duração: 134 min.
Nota: 7

Dirigido por Ryan Coogler, responsável por Creed: Nascido para Lutar, Pantera Negra dá sequência aos acontecimentos de Capitão América – Guerra Civil. Depois do atentado terrorista que culminou na morte do rei T’Chaka (John Kani), o príncipe T’Challa (Chadwick Boseman) retorna a Wakanda, para tomar posse do trono e dar continuidade ao reinado de seu pai.

Ao chegar, o novo rei precisará contornar diversas crises políticas e ideológicas, pois Wakanda é dona de uma tecnologia inigualável, capaz de fornecer força e poder bélico inimagináveis. Justamente por esse poder, T’Challa segue os conselhos de seu pai e decide manter o local isolado, despercebido dos outros governos. Em contrapartida, representantes de outras tribos pensam de forma diferente.

O longa de Ryan Coogler busca a representatividade. Elenco e produção são compostos, em sua maioria, por profissionais negros; na história, as mulheres dividem importância com o protagonista. Todas as colocações são feitas de forma natural, sem alarde, em sintonia com o andamento da história.

O elenco é repleto de ótimos nomes da nova geração: Lupita Nyong’o (12 Anos de Escravidão), Daniel Kaluuya (Corra!), Michael B. Jordan (Creed), Letitia Wright (O Passageiro), Danai Gurira (da série The Walking Dead), e de veteranos reconhecidos, como Angela Bassett (Chi-Raq), Martin Freeman (O Hobbit: Uma Viagem Inesperada), Forest Whitaker (O Quarto do Pânico) e Andy Serkis (Planeta dos Macacos: A Origem).

As atuações são fortes e seguras. Mesmo com um elevado número de personagens, as participações são bem marcantes, as diferentes formas de pensar e agir e a importância que cada um tem em toda trama ficam bem evidentes, principalmente pelo bom trabalho do elenco no longa.

Diferente de outros filmes da Marvel, as cenas de ação são bem definidas, mesmo as batalhas campais não são confusas. A direção de arte e os figurinos são realizados com riqueza de detalhes, sendo que aqui o desafio era construir Wakanda mesclando seus detalhes tecnológicos à tradição dos povos africanos. Em todos os detalhes do filme é possível perceber esses dois mundos.

Entre os desafios que o diretor poderia enfrentar ao realizar Pantera Negra, talvez um dos maiores fosse a expectativa criada com as ótimas aparições do personagem em outros filmes da Marvel. Agora, quando o personagem tem o seu longa e o seu espaço, graças a todos os acertos de direção, atuações e da equipe técnica, preenche o espaço de forma absoluta, mostrando-se um herói digno de cultos e sequências.

Um Grande Momento:
Perseguição a Ulysses Klaue.

Oscar 2019
Melhor desenho de produção (Hannah Beachler, John Hart), melhor figurino (Ruth E. Carter), melhor trilha musical (Ludwig Göransson)

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