Comédia
Direção: Peyton Reed
Elenco: Jim Carrey, Zooey Deschanel, Bradley Cooper, John Michael Higgins, Rhys Darby, Danny Masterson, Fionnula Flanagan, Terence Stamp
Roteiro: Danny Wallace (livro), Nicholas Stoller, Jarrad Paul, Andrew Mogel
Duração: 104 min.
Minha nota: 6/10
A primeira coisa que nós aprendemos, quando crianças (na maioria dos casos), é ouvir e compreender exatamente a palavra “não”. Essa palavrinha é tão familiar e tão presente que já nem prestamos mais tanta atenção nela e a seguimos de modo automático.
No filme Sim, Senhor! Carl é um homem frustrado e depressivo que adotou o não como filosofia e esqueceu-se de viver, até que um antigo amigo aparece e o leva a uma reunião de adoradores do “sim”.
A história, por mais incrível que pareça, foi baseada em uma experiência real. O escritor e jornalista Danny Wallace resolveu que durante seis meses falaria sim para todas os pedidos e propostas feitos a ele e anotou todos os resultados.
Entre as coisas positivas do longa estão a crítica a qualquer coisa fanática e extrema, que só vê aquilo que se quer ver, as atuações (destaque para o estreante Rhys Darby e seu jeito antigo de fazer rir), as músicas da banda Síndrome de Munchausen e algumas boas piadas.
Jim Carrey volta aos antigos hábitos e reedita seu personagem de O Mentiroso. A diferença é que desta vez ele consegue se conter mais e deixa que a história tenha uma importância maior, mas alguns deslizes e caras e bocas acabam acontecendo. Nada que comprometa, só confirma a presença do bom comediante na tela.
O roteiro, apesar de não conseguir manter sempre o ritmo desejado e se deixar levar por tiradas um pouco óbvias, é criativo de maneira geral e consegue brincar com piadas que sempre ouvimos mas nunca vimos editadas. Que o diga a Sra. Tillie.
No meio das risadas, uma mensagem bonitinha de “vamos viver a vida” é passada. Aquela história: uns nem vão prestar muita atenção, mas eu, que passei por alguns maus bocados, sempre que vejo coisas do tipo, fico um pouco tocada.
Mas algumas coisas me irritaram um pouco também. Primeiro e mais grave de todos o som da sala onde vi o filme estava péssimo e, para complicar mais, os meus companheiros de sessão não sabiam que falar no cinema atrapalha o filme dos outros.
Algumas desculpas para fazer rir também me incomodaram. O cara não podia dizer “não”, mas isso não quer dizer que ele faria automaticamente tudo que dissessem a ele (como na cena do auditório ou no aeroporto). A duração de algumas cenas e a previsibilidade de outras também me fizeram mexer bastante na cadeira.
Com problemas e qualidades, Sim, Senhor! é menos divertido do que eu esperava, mas cumpre bem sua função de fazer rir e é uma boa opção para os dias em que não se quer pensar em muita coisa.
Um Grande Momento
O momento Edward Norton dois em um na porta do bar é ótimo.
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