Comédia
Direção: Richard Linklater
Elenco: Billy Bob Thornton, Greg Kinnear, Marcia Gay Harden, Sammi Kane Kraft, Ridge Canipe, Troy Gentile, Brandon Craggs, Jeffrey Davies
Roteiro: Bill Lancaster, Glenn Ficarra, John Requa
Duração: 113 min.
Minha nota: 6/10
Vários são os temas recorrentes no cinema estadunidense, mas um que sempre dá algum retorno é aquele que mistura o esporte com a superação. A história é sempre a mesma: um time fraco, sem nenhuma chance de chegar a nenhum lugar, muda após a chegada de um novo treinador, um atleta diferente ou até mesmo uma jogadora que finge ser homem.
O esporte não importa, desde que ele não seja individual, e as produções retratam o basquete (Space Jam), o futebol (Ela É o Cara), futebol americano (Duelo de Titãs), o vôlei (As Damas de Ferro), a patinação artística (Um Casal Quase Perfeito) e, claro, o beisebol (Um Homem Fora de Série, Sorte no Amor, Garra de Campeões e muitos outros títulos).
Sujou… Chegaram os Bears também fala do esporte dos tacos, luvas e bases, mas na liga infantil. Refilmagem de Garotos em Ponto de Bala de 1976, que teve duas seqüências inferiores e inspirou uma série televisiva, o filme tem no treinador Morris Buttermaker o seu principal trunfo.
Interpretado anteriormente por Walter Matthau e Jack Warden, o papel de perdedor durão e grosso caiu como uma luva no bad boy Billy Bob Thornton. Mais light do que Willie, o Papai Noel doidão, seu Buttermaker parece sempre estar muito confortável entre as cervejas e as mulheres peitudas do Hooters.
No roteiro nada de muito novo. O time infantil dos Bears é um completo desastre e não ganha nada além de muita gozação. O técnico apela para táticas pouco ortodoxas e convida duas feras para jogar com eles. Mais confiantes, os jogadores começam a ter resultados positivos.
Apesar dos muitos clichês, como a inimizade com o técnico do time mais forte e bem treinado da liga, o filme ganha pontos por abordar alguns temas que as costumeiras produções Disney jamais abordariam. O time infantil reunido em um bar cantando Cocaine, de Eric Clapton, é uma das coisas mais inesperadas que eu já vi.
Outros nomes do elenco também chamam a atenção. Enquanto Greg Kinnear é o técnico engomadinho e de shorts apertados do time bom, Marcia Gay Harden é a mãe coruja e descrente de um dos fracos jogadores do time.
Claro que é um programa bobinho, mas consegue colocar aquele sorriso na cara de quem está vendo e, só por isso, já vale.
Um Grande Momento
O óleo na luva.
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