Sujou… Chegaram os Bears

(Bad News Bears, EUA, 2005)

Comédia

Direção: Richard Linklater

Elenco: Billy Bob Thornton, Greg Kinnear, Marcia Gay Harden, Sammi Kane Kraft, Ridge Canipe, Troy Gentile, Brandon Craggs, Jeffrey Davies

Roteiro: Bill Lancaster, Glenn Ficarra, John Requa

Duração: 113 min.

Minha nota: 6/10

Vários são os temas recorrentes no cinema estadunidense, mas um que sempre dá algum retorno é aquele que mistura o esporte com a superação. A história é sempre a mesma: um time fraco, sem nenhuma chance de chegar a nenhum lugar, muda após a chegada de um novo treinador, um atleta diferente ou até mesmo uma jogadora que finge ser homem.

O esporte não importa, desde que ele não seja individual, e as produções retratam o basquete (Space Jam), o futebol (Ela É o Cara), futebol americano (Duelo de Titãs), o vôlei (As Damas de Ferro), a patinação artística (Um Casal Quase Perfeito) e, claro, o beisebol (Um Homem Fora de Série, Sorte no Amor, Garra de Campeões e muitos outros títulos).

Sujou… Chegaram os Bears também fala do esporte dos tacos, luvas e bases, mas na liga infantil. Refilmagem de Garotos em Ponto de Bala de 1976, que teve duas seqüências inferiores e inspirou uma série televisiva, o filme tem no treinador Morris Buttermaker o seu principal trunfo.

Interpretado anteriormente por Walter Matthau e Jack Warden, o papel de perdedor durão e grosso caiu como uma luva no bad boy Billy Bob Thornton. Mais light do que Willie, o Papai Noel doidão, seu Buttermaker parece sempre estar muito confortável entre as cervejas e as mulheres peitudas do Hooters.

No roteiro nada de muito novo. O time infantil dos Bears é um completo desastre e não ganha nada além de muita gozação. O técnico apela para táticas pouco ortodoxas e convida duas feras para jogar com eles. Mais confiantes, os jogadores começam a ter resultados positivos.

Apesar dos muitos clichês, como a inimizade com o técnico do time mais forte e bem treinado da liga, o filme ganha pontos por abordar alguns temas que as costumeiras produções Disney jamais abordariam. O time infantil reunido em um bar cantando Cocaine, de Eric Clapton, é uma das coisas mais inesperadas que eu já vi.

Outros nomes do elenco também chamam a atenção. Enquanto Greg Kinnear é o técnico engomadinho e de shorts apertados do time bom, Marcia Gay Harden é a mãe coruja e descrente de um dos fracos jogadores do time.

Claro que é um programa bobinho, mas consegue colocar aquele sorriso na cara de quem está vendo e, só por isso, já vale.

Um Grande Momento

O óleo na luva.


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