Verônica

(Verônica, BRA, 2009)

Ação

Direção: Maurício Farias

Elenco: Andréa Beltrão, Matheus de Sá, Marco Ricca, Giulio Lopes, Andréa Dantas, Flávio Migliaccio, Camila Amado, Aílton Graça, Alexandre Zacchia

Roteiro: Bernardo Guilherme, Maurício Farias

Duração: 90 min.

Minha nota: 6/10

Andréa Beltrão é daquelas atrizes que fazem qualquer programa valer a pena. Versátil como poucas, atualmente está encenando a peça As Centenárias com Marieta Severo, sua colega de elenco na série televisiva A Grande Família. Ela também é uma das irmãs Cajazeiras na adaptação de O Bem Amado para o cinema e participa do novo filme de Sérgio Rezende, Salve Geral.

Enquanto tudo isso acontece, o trabalho da atriz pode ser conferido nas telonas em Verônica. O filme conta a história de uma professora que não tem mais ânimo para dar aulas, mas não pode parar porque precisa continuar comendo. Tudo muda, porém, quando os pais de um aluno seu não chegam para buscá-lo e ela o leva em casa.

O tema nas telas é aquele mesmo que já estamos acostumados a ver, mas a sutileza escolhida pelo diretor para contar a história faz toda a diferença. Apesar de ser focada exclusivamente na violência urbana, não vemos o sangue transbordado na tela o tempo todo e ainda assim continuamos atentos. O fato de estar no cinema conferindo um filme de ação completamente nacional, mas que faria sentido em qualquer lugar do mundo, também me agrada bastante.

Entre os pontos positivos merecem destaque a atuação de Beltrão, ótima como sempre e de Matheus de Sá, como o menino, e o bom roteiro.

Apesar de toda redondinha, a produção poderia ter tomado um cuidado com a escolha do casting que acerta em quase todos os papéis mas deixa a desejar em um ou dois coadjuvantes. A trilha sonora, assinada por Branco Mello e Emerson Villani é boa e funciona, mas sobra em algumas seqüências.

Outra coisa que incomoda é a mudança visual na saída do morro e na loja de carros. Além de não ter justificativa, ainda dá uma impressão errada de que um dos grupos que persegue a professora é mais perigoso do que o outro.

Mas o filme é bem competente em seu gênero e, sem dúvida, muito melhor do que várias porcarias enlatadas que vemos por aí. Poderia ser melhor, mas é a terceira experiência de Maurício Farias que parece ter se encontrado nos filmes de ação e pode surpreender no futuro.

Para quem não suporta, a película também é Globo Filmes e aquela cara de tv aparece, não tanto quando o usual, mas está lá.

Um Grande Momento

Correndo pelas ruas.

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