WALL·E

 ( WALL·E, EUA, 2008)
Animação/Ficção Científica/Infantil

Direção: Andrew Stanton
Roteiro: Andrew Stanton, Jim Capobianco
Duração: 103 min.
Minha nota: 9/10

Ao sabermos que um filme é da Pixar, não pensamos muito em se devemos ou não conferir o lançamento no cinema, já saimos logo para comprar os ingressos. Até os mais resistentes acabam se rendendo após assistir aos trailers cheios de animação da mais alta qualidade.

Claro que isso não pode se aplicar àqueles que odeiam filmes do gênero, mas vale para a grande maioria. Em um futuro não muito distante, a Terra vive uma outra realidade completamente diferente da que conhecemos agora. Sem humanos, o único habitante do lugar é um robozinho simpático criado especialmente para compactar lixo. É exercendo o seu trabalho que ele vai recolhendo o seu tesouro de bugigangas ao lado de sua fiel escudeira, uma barata. Tudo muda quando ele encontra um outro ser robótico.

O filme é uma das apostas mais ousadas da Pixar. Mesmo sendo destinado a crianças, o estúdio aposta em um começo onde o sépia faz as vezes de todas as cores, o cenário é muito pouco atrativo e os diálogos simplesmente não existem. Pensando que isso foi feito em um momento onde todas as crianças estão acostumadas a informações incessantes, videogames super agitados e barulhentos e páginas de internet que não cansam de brincar com as cores e suas misturas, o mínimo que podemos fazer é parabenizar tanto a Pixar como a Disney por acreditarem na proposta.

Mas a resposta demora a chegar para alguns (principalmente os mais novos) e é como se aquilo tudo fosse diferente demais para eles e um tempo de adaptação fosse necessário. Tanto que da cadeira de trás ouvi a mesma menininha deslumbrada do final perguntar à mãe no começo: “esse filme não está chato, não?”

A animação, como sempre, é surpreendente. As rajadas de vento são tão impressionantes como a recriação de uma cidade completamente destruída pelo próprio homem.

A trilha sonora de Randy Newman também é responsável pelo envolvimento das pessoas no filme, tanto em momentos românticos como nos de maior ação. Um filme cativante e muito bem feito que aproveita a platéia jovem para difundir uma das mensagens mais repetidas na atualidade: “precisamos preservar o planeta”, de maneira competente, emocionante e, pelo que vi do efeito causado no meu filho, bastante eficaz.

Como em todo filme da Pixar, não podemos perder o curta do início.

Um Grande Momento
Pós-conserto.

Oscar 2009
Melhor Animação

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