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A Garota dos meus Sonhos

(Gray Matters, EUA, 2006)
Romance
Direção: Sue Kramer

Elenco: Heather Graham, Bridget Moynahan, Thomas Cavanagh, Molly Shannon, Alan Cumming, Sissy Spacek, Rachel Shelley

Roteiro: Sue Kramer

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Duração: 96 min.

Gray e Sam eram irmãos, já tinham seus 30 anos, moravam juntos e não faziam nada separados. Gostavam dos mesmos lugares, assistiam aos mesmos filmes e se bastavam um ao outro.

Foi em um jantar com os amigos que os dois perceberam que alguma coisa estava errada entre eles e que a dependência já tinha passado dos níveis aceitáveis. Precisavam arrumar namorados. Na volta para casa, combinaram que um arranjaria para o outro uma pessoa legal.

Seguindo o plano, os dois conheceram a bela Charlie no parque. Sam se apaixonou imediatamente e, no dia seguinte, já queria se casar. Gray, por sua vez, começou a ter estranhos sentimentos, principalmente depois que percebeu que seu ciúme não era exatamente do seu irmão.

A história, muito interessante, é contada com humor e delicadeza. O assunto homossexualidade é tratado com respeito e demonstra o que sente uma pessoa que acaba de se descobrir totalmente diferente daquilo que sempre pensou ser.

Bom roteiro, com tiradas inspiradas e divertidas. Trabalha tanto a angústia de Gray como a realização de uma vida em um mundo que proíbe este tipo de relacionamento. Tudo sem apelar para estereótipos.

No mais, o filme segue o esquema comercial estadunidense em estrutura, o que não estraga e não chega a comprometer também. A trilha sonora, pop demais, pode incomodar alguns.

Um filme legal. Para todos que gostam de produções descompromissadas e que não têm preconceitos com representações afetivas diferentes daquelas que nossos pais ensinaram como aceitáveis.

Um Grande Momento

No elevador, Gray explica porque tem medo.

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Links

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=zeY1nCXV9YM[/youtube]

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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