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2012

(2012, EUA, 2009)

Ação
Direção: Roland Emmerich
Elenco: John Cusack, Amanda Peet, Chiwetel Ejiofor, Thandie Newton, Oliver Platt, Woody Harrelson, Danny Glover, Liam James, Morgan Lily
Roteiro: Roland Emmerich, Harald Kloser
Duração: 158 min.
Nota: 6 ★★★★★★☆☆☆☆
Megalomaníaco! Esta é, sem dúvida, a melhor definição para Roland Emmerich. O cara gosta de coisas grandes e filmes como Independence Day, Godzilla, O Dia Depois de Amanhã e 10.000 a.C. não o intimidam. Pelo contrário, parece que quanto mais justificativa para o uso de mega efeitos especiais, melhor.

Não por acaso, ele é hoje o maior representante do cinema catástrofe. A destruição e o desespero funcionam bem em suas mãos, ainda que utilizem sempre a mesma estrutura e só variem de motivo climático.

Seu filme mais atual, 2012, fala mais uma vez do fim do mundo. Cumprindo uma profecia Maia, o alinhamento de planetas e mudanças no comportamento do sol são responsáveis pela destruição da Terra como é conhecida hoje.

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Claro que a humanidade está salva, pois um cientista descobre tudo que vai acontecer com alguma antecedência e providências começam a ser tomadas. Claro também que uma família meio capenga, com um pai ausente, é encarregada de fazer a ligação do público com o que está sendo visto na tela.

Junto com efeitos especiais de tirar o folêgo e muitas imagens excitantes, o filme consegue se recuperar da primeira parte lenta e quase entediante e se transforma em uma saco de clichês bem divertido de ser acompanhado.

Diálogos que já ouvimos milhares de vezes, como o discurso do Dr. Adrian Helmsley sobre o sentido de humanidade ou a despedida do casal que só se acerta no final; animais indefesos e equilibristas; notícias de telejornais pelo mundo (inclusive é assim que vemos o Cristo Redentor se desfazer) e personagens que parecem emprestados de outros finais de mundo constróem um filme que está muito mais preocupado em impressionar do que em passar alguma mensagem.

E cumpre bem sua missão. Durante quase três horas o público ri das situações estapafúrdias e das fugas impossíveis, mas não consegue ficar quieto na cadeira enquanto algum evento não se resolve.

Bobagem pipoca que só deve ser vista por aqueles que se propõe a isso. Quem quiser alguma coisa mais séria, pode procurar outra sessão.

Emmerich segue sua carreira de destruidor do mundo megalomaniaco. Sem os efeitos especiais, ele ainda não conseguiu ser levado muito a sério, mas nem precisa também.

Um Grande Momento

A melhor limosine do mundo.


Links
IMDb
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=NSvodrKptJ4[/youtube]

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
3 Comentários
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Vitor Veríssimo
Vitor Veríssimo
21/11/2009 02:11

Sou um leigo ne.rss…mas achei o filme de bom para muito bom, claro que levando em consideração a temática. Acho que ele supera outros do mesmo gênero e apesar dos vários cliches inevitávis, acaba tendo algo de supreendente. Exagerado na questão "sorte" da família, mas aborda bem o efeitos causados por algo daquela magnitude.

Samantha
Samantha
18/11/2009 04:45

Seu último parágrafo é perfeito. Quem entra esperando o mínimo de seriedade que seja, sai extremamente decepcionado e até com vergonha alheia. Esse filme deve ser visto por quem quer rir, e não importa de quê. Eu me diverti horrores, e só gostaria muito que 2012 tivesse se levado ainda menos a sério, se é que isso seria possível.

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